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Queda do Bitcoin afeta também o mercado de mineradores cripto

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Junho de 2022 às 22h30

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pexels/ Alesia Kozik
pexels/ Alesia Kozik

A atual queda nos preços das criptomoedas não tem afetado apenas os investidores. Grandes empresas do setor registram redução do faturamento e aumento dos custos para manter as operações. A recente desvalorização de 50% no valor do Bitcoin afetou também a rentabilidade da atividade de mineração da principal moeda digital no segmento.

Os mineradores de criptomoedas agilizam o processo de registro de protocolos criptográficos, para assegurar a veracidade das informações e, assim, validar o criptoativo para transações no mercado. A remuneração desses agentes ou empresas vêm com uma fatia sobre cada moeda gerada oficialmente.

Dados da firma de consultoria Block Research, de maio recente, mostram que os ganhos dos mineradores de Bitcoin em todo o mundo foram de US$ 906,2 milhões (R$ 4,4 bilhões), quase 21% menos que no mês anterior. Já comparados a outubro do ano passado, a queda foi maior ainda, de cerca de 47%.

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Segundo a pesquisa, a maior parte do faturamento dos mineradores vem da recompensa ganha por bloco minerado. Cada novo bloco gera, a cada 10 minutos, uma média de 3,25 novos Bitcoins para o responsável. Esse número representou US$ 890 milhões (R$ 4,3 bilhões) dos ganhos desse segmento em maio. Apenas uma pequena parte desses faturamentos vem das taxas por transação, que ficaram em US$ 16,18 milhões (R$ 78 milhões) no mesmo período.

No ano passado, período de maior lucratividade para os mineradores, o preço do Bitcoin custava entre US$ 50 mil (R$ 244 mil) e US$ 60 mil (R$ 293 mil). Como essa atividade ganha mais com a geração de novos Bitcoins, a queda de 50% impactou diretamente no faturamento. Atualmente a cotação da criptomoeda está em cerca de US$ 30 mil (R$ 146 mil).

Inflação e alta dos juros também impactou faturamento de mineradores

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Damian Polla, gerente geral da empresa de mineração de Bitcoin da Bitfarms na América Latina, explicou durante uma entrevista para a Bloomberg Línea que “o maior desafio de curto prazo para o setor é a queda do preço do Bitcoin, que reduz receitas e aumenta os custos operacionais”.

Polla afirma que a alta da inflação forçou os países industrializados a aumentar as taxas de juros. Além disso, nos últimos meses, a aversão ao risco do investidor diante das incertezas no mercado impactaram negativamente não apenas as criptomoedas, mas também as bolsas de valores em todo o mundo.

A própria Bitfarms sentiu o baque, e seu valor de mercado caiu para menos de US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões). No ano passado, a empresa chegou a ser cotada a US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões) — a queda foi de 50%, semelhante à desvalorização do Bitcoin.

Fonte: The Block ResearchBloomberg Línea