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Anonymous vaza banco de dados de ministério de comunicações da Rússia

Por| Editado por Claudio Yuge | 11 de Março de 2022 às 14h20

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Pete Linforth/Pixabay
Pete Linforth/Pixabay

O Anonymous desferiu nesta quinta-feira (11) mais um golpe contra o governo da Rússia, como parte de suas operações contra a invasão da Ucrânia. O grupo hacktivista publicou um bando de dados com 363 mil arquivos que pertenceriam à Roskomnadzor, agência responsável pela regulação da mídia russa e considerada uma das principais armas de propaganda do governo de Vladimir Putin.

O volume tem mais de 526 GB de arquivos divididos em dois blocos, em um total de 43,5 mil diretórios com informações pertencentes a atos do ministério, informações do setor de recursos humanos (onde também podem estar dados pessoais de servidores e integrantes do governo) e pesquisas relacionadas à mídia e tecnologias de comunicação usadas na Rússia.

Como o vazamento é recente, fontes especializadas ainda não foram capazes de estimar exatamente o que está presente no banco de dados e, principalmente, as revelações que ele pode conter. Informações preliminares, entretanto, indicam que o volume é recente, contendo documentos que datam até o último final de semana, e também inclui muitos arquivos relacionados a anexos de e-mail, que podem indicar o envolvimento em campanhas de phishing ou disseminação de malwares. Por isso mesmo, a recomendação é de cuidado no download e manipulação dos documentos.

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A agência reguladora tem sido um dos principais alvos das ações do grupo, que afirmam lutar pela liberdade do povo ucraniano e desejar mostrar à população russa a verdade sobre a invasão do país vizinho. Tais operações também incluíram o comprometimento do sinal de redes de TV e streaming estatais, com o Anonymous, agora, afirmando que a ideia é permitir que o povo baixe os documentos antes de um suposto isolamento do país da internet global, com rumores sobre isso circulando desde o início desta semana.

Entre as ações recentes do Roskomnadzor estão a limitação no acesso ao Instagram em território russo e bloqueios completos do Facebook e Twitter no país. Canais de televisão independentes, sites de mídia e até aplicativos para smartphones também vêm recebendo pedidos de retirada, com a agência alegando a disseminação de notícias falsas sobre a campanha militar da Rússia na Ucrânia.

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Os conflitos bélicos entre os dois países entram em seu terceiro final de semana com as principais tensões situadas na cidade de Mariupol, principal alvo de bombardeios e ofensivas militares nos últimos dias. Desde o final de fevereiro, o Anonymous declarou guerra à Rússia, realizando ataques de negação de serviço e desfiguração contra sites e agências do governo, bem como outros vazamentos de dados.

Fonte: DDoS Secrets