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65% dos brasileiros ainda não sabem o que é deep fake

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Julho de 2022 às 16h20

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Divulgação/Kaspersky
Divulgação/Kaspersky

Fora dos TikToks de celebridades realizando tarefas do dia a dia ou dando risada com vídeos de animais fofinhos, os deep fakes também começam a serem encarados como uma ameaça em potencial à segurança de usuários e organizações. Isso se torna ainda mais grave diante de números como os divulgados pela Kaspersky, indicando que cerca de três em cada cinco brasileiros nem mesmo conhecem esse conceito de manipulação visual.

De acordo com a empresa de segurança digital, essa taxa de desconhecimento de 65% pode abrir as portas para as fraudes. Entretanto, também há um alto índice de dúvida mesmo entre aqueles que sabem o que são os deep fakes, com 71% dos entrevistados admitindo não reconhecerem quando um vídeo foi editado com o uso da técnica.

São resultados que dialogam diretamente com casos recentes, como o de cibercriminosos que tentaram se passar por candidatos a uma vaga de emprego como forma de obterem acesso às redes internas de uma organização. Os casos foram assunto de um alerta do FBI emitido no início do mês, voltado principalmente às companhias que lidam com dados sensíveis.

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O estudo da Kaspersky associa essa dificuldade diretamente à sobrecarga causada pelo excesso de informações online. Segundo a empresa de segurança, 78% dos brasileiros afirmam estarem fadigados pelo uso da rede, o que faz com que se tornem vítimas mais fáceis de golpes na medida em que não conseguem analisar devidamente o que está por trás da tela do computador ou celular.

Quais são os indícios de que o vídeo tem deep fake?

Movimentos bruscos, iluminação instável e um comportamento fora do padrão nos olhos, lábios e rosto são indícios de que há algo de errado. Ainda assim, mecanismos automatizados de biometria e verificação podem cair em edições desse tipo, colocando perfis financeiros ou informações corporativas em risco.

“Felizmente, as empresas de segurança virtual estão sempre criando cada vez mais e melhores algoritmos de detecção, uma vez que entender o perigo é metade da batalha”, afirma Fabio Assolini, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky. Segundo ele, a evolução de sistemas de segurança ajuda a preencher a lacuna, principalmente em um cenário no qual ainda é possível identificar de forma assertiva esse tipo de manipulação.

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Fora disso, o especialista indica a informação como um caminho, com colaboradores e familiares sendo educados sobre como a tecnologia de deep fakes funciona, os desafios que ela apresenta e como as edições podem ser identificadas. Além disso, há a questão da guerra por informação, com o uso de fontes reconhecidas de notícias e conhecimento servindo para fugir dos riscos envolvendo fake news.

Quanto à fadiga, a indicação da Kaspersky é a realização de um esforço consciente de desconexão ao longo do dia. Tais práticas ajudam o usuário a limpar a mente e facilita a compreensão de novas tecnologias, além de tornar a absorção de novos conteúdos mais fácil, o que inclui também a identificação mais ágil de elementos esquisitos na imagem diante de si.

Fonte: Kaspersky