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Criminosos buscam empregos para roubar dados corporativos

Por| Editado por Claudio Yuge | 04 de Julho de 2022 às 18h20

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twenty20photos/Envato
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Em um mundo em que os golpes contra empresas estão se tornando cada vez mais direcionados, criminosos estão aplicando para vagas de emprego na esperança de obter acesso a redes internas e dados confidenciais. Eles usam a tecnologia deep fake para se passarem por profissionais de áreas de interesse das corporações visadas, de olho em posições de trabalho remotas que possam dar acesso a arquivos sigilosos ou aberturas para ataques.

Parece um enredo de filme de espionagem, mas foi esse o assunto de mais um alerta do FBI emitido na última semana. No comunicado, a agência aponta um aumento significativo no número de denúncias de golpes desse tipo, nos quais os bandidos usam informações de profissionais reais e também suas aparências para chamar a atenção das corporações, principalmente de setores de tecnologia da informação.

De acordo com as autoridades americanas, são mais visadas as empresas de programação, banco de dados, cloud computing e desenvolvimento de software. Os golpistas também se passam por especialistas nestas áreas de interesse, de acordo com vagas abertas publicadas pelas companhias e com o potencial de tais posições darem acesso a sistemas internos, cadastros de clientes e funcionários e informações financeiras.

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Criminosos também têm simulado voz de falsos candidatos

Os casos relatados ao FBI incluem não apenas o uso do deep fake para alteração de aparência, mas também indícios de que a tecnologia foi usada também para simular a voz dos falsos candidatos. Além de empresas, indivíduos também teriam registrado ocorrências junto ao Centro de Denúncias de Crimes na Internet (IC3, na sigla em inglês) da agência, informando sobre o uso de seus dados pessoais e outros detalhes pessoais em entrevistas de emprego para as quais nunca se registraram.

No alerta, o FBI pede que corporações ou pessoas que identificarem comportamentos desse tipo denunciem imediatamente à agência, com o máximo possível de informações que puderem ser compartilhadas. Endereços de IP, e-mails e números de telefone usados em cadastros, por exemplo, podem ajudar a identificar os responsáveis, enquanto checagens auxiliam a diferenciar candidatos reais daqueles que estão se passando por outras pessoas.

Especificamente quanto aos deep fakes, as autoridades pedem atenção, principalmente, às estranhezas da imagem. Falsificações desse tipo costumam dessincronizar a voz da imagem que está sendo transmitida, principalmente no caso em que a tecnologia também está sendo usada para simular o áudio, enquanto movimentos rápidos, tosse, espirros e outras ações involuntárias também ajudam a revelar a farsa.

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Fonte: FBI