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2022 tem aumento de 26% na descoberta de vulnerabilidades, com browsers no topo

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Janeiro de 2023 às 12h00

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Unsplash/Christin Hume
Unsplash/Christin Hume

2022 chegou ao fim com um total de mais de 25,2 mil vulnerabilidades de segurança relatadas, um aumento de 26,5% em relação ao ano anterior que representa, também, o foco cada vez maior dos cibercriminosos nas brechas em softwares. Os navegadores Chrome e Firefox lideram a lista, com o maior número de aberturas reportadas, com os browsers sendo a maior categoria entre os 10 maiores softwares.

No ano passado, foram 2,5 mil vulnerabilidades de segurança reportadas no navegador do Google, enquanto o gerenciado pela Mozilla ficou em segundo, com 2,1 mil. O ambiente Mysql, da Oracle, aparece em terceiro, enquanto Safari, da Apple, e o Internet Explorer, da Microsoft, completam o top 5, todos com 1,1 mil cada. A lista é finalizada com o Thunderbird (1,1 mil), Firefox Esr (870), Oncommand Insight (781), Gitlab (771) e Office (733).

Apesar da média alta, com cerca de 70 vulnerabilidades sendo descobertas e relatadas por dia, há um baixo índice de perigo, com apenas 3,4% das brechas encontradas sendo de natureza crítica. Aqui, de acordo com os dados da empresa de cibersegurança ESET, que divulgou o estudo, há queda de 5,8% em relação a 2021. Ainda assim, o momento é de alerta para usuários e aplicação rápida de atualizações.

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“Os aplicativos maios usados sempre serão os mais propensos a serem explorados por cibercriminosos”, explica Mario Micucci, pesquisador de segurança da ESET América Latina. “Essas informações ajudam a ter uma melhor visão geral de como trabalham os agentes mal-intencionados, que buscam atingir o maior número possível de pessoas.”

Ele ressalta o exemplo do Google Chrome, com nada menos do que nove vulnerabilidades zero-day, de altíssima periculosidade, corrigidas ao longo de 2022. Esse número, bem como a liderança na lista de ameaças reportadas, conversa diretamente com a presença do browser como líder de seu mercado, com os golpes envolvendo as brechas encontradas nele tendo maior potencial de sucesso.

Brechas antigas seguem sendo um perigo para os usuários

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Entre todas as vulnerabilidades aproveitadas por bandidos em 2022, a mais comum envolve a execução remota de códigos, com mais de 4 mil casos, representando 22% de todos os reportes do tipo. Na sequência, vêm as do tipo cross-site scripting 3,4 mil), quando códigos indevidos são inseridos em páginas legítimas, com transbordamento de buffer (2,2 mil) e sobrecarga de conexões para causar negação de serviço na sequência (2 mil). O top 5 é completado pela injeção SQL, com 1,7 mil.

O levantamento da ESET aponta que, entre as cinco brechas mais comuns em ataques contra usuários estão duas que já foram corrigidas há 10 anos. Ambas aparecem no sistema operacional Windows e permitem a execução remota de código ou acesso remoto ao dispositivo sem autenticação, indicando que a ausência de atualizações segue como um risco tão grande quanto as próprias vulnerabilidades.

“Ainda há falta de conscientização por parte dos usuários”, complementa Micucci. “A validade dessas vulnerabilidades deve soar o alarme para que eles implementem boas práticas de segurança que incluem a instalação de atualizações e patches de segurança, para evitar possíveis incidentes.”

Esse alerta vale, inclusive, para os aplicativos que fazem parte da lista de 2022. O ideal é sempre os manter, mas também todos os outros, atualizados e rodando as versões mais recentes. Usar antivírus e outros softwares de segurança no PC e smartphone também ajuda na defesa contra golpes comuns e conhecidos, além de indicar a necessidade de ações de proteção.