Wegovy: remédios para perda de peso conquistam cada vez mais espaço

Os remédios para perda de peso não são exatamente uma novidade, mas o Wegovy (semaglutida 2,4mg), recém-aprovado pela Anvisa como primeiro tratamento injetável contra obesidade no Brasil, tem conquistado cada vez mais adeptos pelo mundo.

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Investidores estimam que a Novo Nordisk, a empresa farmacêutica dinamarquesa que fabrica Wegovy, venderá US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões somente nos EUA este ano. A empresa planeja lançar a droga em muitos outros países nos próximos meses.

A Eli Lilly, outra empresa farmacêutica, espera começar a vender um tratamento semelhante para a obesidade, chamado Mounjaro (tirzepatide), já neste verão. Nos testes, os receptores perderam surpreendentes 20% de seu peso, em média.

Esses remédios podem alcançar um grande público, considerando que neste ano, a Federação Mundial de Obesidade (WOF) estimou que 14% de todas as pessoas com mais de cinco anos (o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas) são obesas. Enquanto isso, 24% estão acima do peso.

No entanto, médicos alertam para riscos da semaglutida, originalmente criada como uma medicação voltada para diabetes tipo 2, e conhecida por aumentar a sensação de saciedade, facilitando dietas e esforços terapêuticos. Ela é aplicada via injeção em dose de 2,4 mg, na forma de caneta, como a insulina.

Vale entender que a recomendação de uso não é para qualquer paciente que queira perder peso, mas sim pessoas cujo sobrepeso — ou seja, com índice de massa corporal (IMC) acima de 27 — ou obesidade (com IMC acima de 30). Para quem não está acima do peso, mas ainda quer utilizar o medicamento, os médicos alertam que ele pode até ser eficiente no emagrecimento, mas cessando o uso, os quilos perdidos devem retornar.

Levando isso em consideração, a recomendação é o acompanhamento médico para qualquer intervenção alimentar ou corporal nesse sentido (com o auxílio dos remédios para perda de peso), especialmente o de um nutricionista.

Fonte: The Economist