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Você sabia que a máscara N95 foi inspirada num sutiã?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Maio de 2022 às 15h15

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CDC/Pexels
CDC/Pexels

Desde 2020, no início da pandemia de covid-19, o mundo todo foi se familiarizando com o uso de máscaras, ferramentas importantes no combate à transmissão do vírus por conta de suas qualidades na filtragem de partículas. Entre as mais famosas está a N95, que teve seu design inspirado pelo de sutiãs, inclusive, vindo da mesma idealizadora.

E o nome dela é Sara Little Turnbull, nova-iorquina descendente de imigrantes russos e designer de produto na 3M, empresa que, entre outros, fabrica tecidos e máscaras. Em 1958, Sara trabalhava na divisão de tecidos e embalagens de presente, e descobriu Shapeen, um material sem costuras feito de polímeros utilizado para fazer laços decorativos. Fascinada pelo material, ela criou o primeiro laço pré-fabricado para presentes — mas esse era só o começo.

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Sutiãs e máscaras

O Shapeen desencadeou ideias em Sara de forma torrencial. Reunindo os executivos da 3M, ela apresentou mais de 100 sugestões de produtos para fabricar com o material, demonstrando seu potencial. Impressionada, a bancada da empresa a colocou para fazer o design de um bojo moldado para sutiã.

À época, Sara estava cuidando de três membros convalescentes de sua família, que estavam sob cuidados médicos. Observando os profissionais de saúde com frequência, ela notou que eles tinham de ficar ajustando as máscaras finas amarradas na parte de trás o tempo todo. A designer, então, voltou à 3M pensando em utilizar o mesmo material moldado para fazer uma máscara mais confortável.

Em 1961, após reconhecer o potencial da ideia de Sara, a 3M lançou uma máscara sem costuras, leve, com encaixe para o nariz feito de alumínio e com elásticos ao invés de amarras para uso médico — e em formato de bolha. A patente para o sutiã, que foi a inspiração para a máscara, só foi aprovada depois, em 1962. Apesar da novidade, a máscara não bloqueava patógenos, e acabou sendo utilizada para filtrar poeira.

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Em 1972, um respirador aprimorado chegou ao mercado, sendo adequado para outros propósitos na indústria. À medida que a filtragem das máscaras evoluía, o seu uso também ficava mais diversificado. Foi em 1995 que a N95 foi introduzida, finalmente, na área da saúde, objetivo original de Sara. O nome, inclusive, indica a eficácia: significa que a máscara consegue bloquear 95% das partículas aéreas.

Sara Little Turnbull faleceu em 2015, mas seu legado no design continua no uso das máscaras e no Sara Little Turnbull Center for Design Institute, que provê informações ao público acerca do valor do ofício e dá suporte à educação, nesse campo, de mulheres em situação de desvantagem. A fundação, que leva seu nome, também oferece bolsas de estudo.

Fonte: Mental Floss