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Você pode esgotar a memória do celular, mas e o seu cérebro? Saiba como funciona

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wayhomestudio/freepik
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Vivemos em uma era em que a falta de espaço no celular ou no computador é um problema comum. Fotos, vídeos, aplicativos... tudo ocupa memória. Mas será que o mesmo acontece com o nosso cérebro? Será que ele pode “encher” e parar de armazenar novas informações? Segundo neurocientistas, a resposta é não. Para um cérebro saudável, a capacidade de memória não tem um limite fixo como ocorre com dispositivos eletrônicos.

Ao contrário do que muitos imaginam, o cérebro não armazena memórias como arquivos salvos em pastas organizadas. Cada lembrança é formada por uma combinação única de estímulos sensoriais e emocionais, que são registrados em várias regiões cerebrais ao mesmo tempo. Esse padrão distribuído é conhecido como representação distribuída.

Como cada neurônio participa de muitas memórias, as combinações possíveis se multiplicam. Isso explica por que o cérebro pode armazenar uma quantidade gigantesca de informações sem "ficar sem espaço". Além disso, como as lembranças são compartilhadas por várias células, é possível recuperar uma memória mesmo que parte das células esteja danificada.

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Por que não lembramos de tudo?

Se o cérebro tem tanto espaço, por que esquecemos coisas com tanta frequência? A resposta está na forma como registramos e consolidamos as informações. O cérebro está constantemente recebendo estímulos (sons, imagens, cheiros, emoções) e apenas uma fração disso tudo é transformada em memória de longo prazo.

Esse processo de filtragem é uma questão de eficiência. A memória humana evoluiu para lembrar do que é mais útil para a sobrevivência. Detalhes repetitivos ou irrelevantes normalmente são armazenados apenas como uma ideia geral, a menos que algo diferente aconteça.

A transformação de experiências em memórias duradouras depende de fatores como sono, repetição e relevância emocional. É por isso que, muitas vezes, lembramos de eventos marcantes por anos, mas esquecemos onde deixamos as chaves algumas horas atrás.

Outro ponto importante é que o cérebro tende a generalizar memórias semelhantes. Se você dirige para o mesmo lugar todos os dias, não terá lembranças detalhadas de cada trajeto, e sim uma memória “padrão” da experiência. Isso economiza energia e espaço mental, sem comprometer sua capacidade de navegar pelo mundo.

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Fonte: Live Science