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A memória é composta por duas seções: passado e futuro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Outubro de 2023 às 20h10

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mohdizzuanbinroslan/envato
mohdizzuanbinroslan/envato

Em estudo publicado na revista Science na última sexta-feira (20), um grupo de pesquisadores anunciou uma descoberta sobre a memória: basicamente, a região do cérebro envolvida é composta não apenas por uma, mas duas seções. Uma delas se concentra em experiências passadas, e a outra é preditiva e constrói comportamentos futuros.

O estudo diz que no hipocampo, há um tipo de código neural responsável pela nossa capacidade de lembrar onde precisamos ir e o que precisamos fazer. O segundo tipo de código neural envolve a formulação de novos planos, prevendo o caminho a seguir.

Em experimentos com roedores, o grupo tentou desativar um tipo de memória de cada vez para então identificar e isolar as duas funções distintas da memória. A ideia é que, no futuro, as descobertas possam auxiliar na o tratamento de doenças como o Alzheimer.

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Divisões da memória

Usando esse método em uma região do hipocampo relacionada ao aprendizado de tarefas, os cientistas observaram como os roedores conseguiam aprender um caminho que tinha uma recompensa no final. Quando o experimento repetiu após os roedores dormirem, eles conseguiram se lembrar dos pontos específicos, mas não do caminho que deveria seguir para alcançar a recompensa.

Em outro experimento, os roedores tiveram a tarefa de encontrar um novo caminho a cada dia para receber uma recompensa. Quando determinados neurônios eram embaralhados, os ratos não conseguiam lembrar como atingir a meta.

Em outro teste, os ratos foram encarregados de associar um local a uma recompensa. Quando os cientistas inibiram a área codificada preditiva, a sua memória associativa permaneceu intacta.

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Descobertas sobre as memórias

É muito comum questionar por que esquecemos as coisas. Em 2020, um artigo proporcionado pela Universidade de Toronto concluiu que o esquecimento é realmente uma parte essencial do aprendizado.

Os autores afirmam que é importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e, em vez disso, concentre nas coisas que ajudarão a tomar decisões no mundo real.

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Em paralelo, em 2021, a ciência descobriu que o cérebro rotaciona as memórias para não serem substituídas por novas informações. O que acontece é que o órgão precisa distinguir a percepção e a memória para que o fluxo de dados recebidos não interfira nos estímulos obtidos anteriormente.

Fonte: ScienceCornell University