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Vírus chinês? Minas Gerais investiga possibilidade de primeiro caso [UPDATE]

Por| 22 de Janeiro de 2020 às 17h11

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Medscape
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De fato, esta é uma semana agitada para a área das ciências médicas, no Brasil e no mundo. Na terça-feira (21), o Estado de São Paulo relatou ter identificado o vírus letal da febre hemorrágica, que acreditava-se ter sido extinto do Brasil desde o final dos anos 90. Na terça-feira, também, o novo vírus misterioso chinês foi, por sua vez, diagnosticado pela primeira vez tanto na Austrália quanto nos Estados Unidos.

Hoje (22), é o Estado de Minas Gerais que alega suspeitar que esse vírus da China, da família Coronavírus e chamado de 2019-nCoV, tenha infectado uma pessoa. Se confirmado, será o primeiro caso brasileiro do vírus.  

Isso porque, ontem (21), uma brasileira de 35 anos, recém-chegada da China — ela esteve na cidade de Shangai e retornou para o Brasil no sábado (18) — foi identificada na UPA Centro Sul, de Belo Horizonte, com sintomas respiratórios, compatíveis com os da doença respiratória viral aguda que tem causado estragos na Ásia.

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A paciente também afirma que não esteve na região de Wunhan, epicentro do coronavírus, e que também não teve contato com pessoas sintomáticas na China.

Entenda a suspeita

Por enquanto, o caso foi somente notificado como suspeito, tendo em vista o contexto epidemiológico atual do país onde a paciente esteve. Por isso, foi levantada a hipótese de doença causada pelo novo coronavírus chinês, "considerando o potencial pandêmico com alto risco à vida e impacto assistencial", segundo a nota da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Apesar de não apresentar qualquer sinal indicativo de gravidade clínica, a paciente brasileira está em observação no Hospital Eduardo de Menezes (HEM), na região do Barreiro. Todas as medidas assistenciais para redução de risco de transmissão também já foram tomadas, enquanto o caso segue em investigação. Somente os exames serão capazes de confirmar ou descartar a hipótese da infecção.

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Histórico do vírus

Esta semana, a China também confirmou que o vírus pode ser transmitido entre pessoas. Previamente, os cientistas acreditavam que o contágio não acontecia entre humanos e que a fonte primária do vírus era animal, provavelmente vindo do mercado de frutos do mar localizado na cidade de Wuhan.

Além disso, já foram relatadas nove vítimas fatais do vírus na China e outros 441 casos de infecção. A doença em questão é responsável por causar febre, tosse, falta de ar, dificuldades respiratórias e até um tipo de pneumonia

A poucos dias de um dos seus maiores feriados nacionais, o Ano Novo Chinês, o presidente da China Xi Jinping, em pronunciamento na televisão estatal, disse que "a vida e a saúde das pessoas devem receber a maior prioridade e a disseminação do surto deve ser resolutamente controlada."

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O aumento de casos do novo coronavírus se assemelha geneticamente ao vírus SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). A epidemia desse vírus semelhante aconteceu em 2002 e também se originou na China, matando 700 pessoas em todo o mundo.

[ATUALIZAÇÃO | 17:57]: caso negativo

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou, ainda nesta quarta-feira (22), que, até o momento, não há nenhuma detecção de caso suspeito, no Brasil, da pneumonia relacionada ao vírus chinês.

No comunicado, o Ministério afirma que "o caso noticiado pela SES/MG não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Whuan."

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Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais