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Versamune promete memória imunológica de 12 anos e pode chegar em 2022

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Abril de 2021 às 20h50

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Hakan Nural / Unsplash
Hakan Nural / Unsplash

A corrida das vacinas chegou a uma nova etapa neste ano de 2021, considerando que a população de vários países começou a ser imunizada. No que diz respeito ao Brasil, há duas vacinas no mercado: a CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac (envasada aqui pelo Butantan) e a Covishield, de Oxford/AstraZeneca (envasada aqui pela Fiocruz). Mas em meio a isso, há uma vacina genuinamente brasileira: a Versamune, que promete memória imunológica de até 12 anos.

O imunizante está sendo desenvolvido pelo pesquisador Célio Lopes Silva, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (FMRP-USP), em parceria com a brasileira Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology, dos Estados Unidos.

As descobertas do estudo mais recente da USP apontam que o corpo poderia reconhecer o coronavírus durante esses 12 anos, iniciando uma resposta do organismo contra o vírus. O imunizante mostrou segurança durante os testes realizados em animais, além de uma capacidade de matar as células já infectadas pelo vírus. Parte do apoio e financiamento destinado à Versamune é feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

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“Os resultados dos estudos não clínicos mostraram que ela é segura para animais e, diferentemente das outras vacinas, ela tem a capacidade de ativar todo o sistema imunológico que impede não só a entrada do sars-cov-2 para dentro das células como também matam as células já infectadas. Acreditamos que o imunizante gere uma memória imunológica de até 12 anos”, afirmou o professor Célio Lopes Silva, durante uma entrevista realizada ao Jornal da USP.

“No geral, podemos definir essa como uma vacina nanoparticulada, que contém o antígeno S1, veiculada com um carreador. É um imunizante que, ao entrar na célula, estimula todo o sistema imunológico", acrescentou o pesquisador na ocasião.

Durante um comunicado disponibilizado no site da própria Farmacore, a CEO Helena Faccioli disse que está entusiasmada "em ter o apoio da Anvisa para continuar os estudos que permitam desenvolver um tratamento no Brasil na luta contra esta pandemia". Já o CEO da PDS Biotech, Frank Bedu-Addo, disse que os “resultados pré-clínicos demonstraram potencial para induzir uma resposta imune ampla e robusta”.

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No que diz respeito a uma data, a previsão é que os estudos clínicos sejam concluídos daqui um ano, aproximadamente, o que significa que a vacina já pode estar disponível para a população brasileira em 2022. Vale notar que essa vacina funciona da seguinte maneira: associando uma proteína recombinante do SARS-CoV-2 com uma tecnologia que ativa o sistema imunológico, ativando a criação de anticorpos dentro do organismo.

Fonte: Jornal da USP Farmacore via Correio Braziliense