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Varíola dos macacos representa "risco para saúde pública", segundo OMS
O surto mundial de varíola dos macacos “representa um risco real para a saúde pública”, segundo declaração feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (15). Um comitê especial da pretende avaliar se deve declarar a doença como uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”, rótulo que a covid-19 carrega desde 2020.
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“A magnitude do surto representa um risco real. Quanto mais tempo o vírus circular, mais estenderá seu alcance e mais forte será a base da doença em países não endêmicos”, alerta Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa, região que continua sendo o epicentro desse surto crescente, com 25 países relatando mais de 1.500 casos, ou 85% do total global.
"Governos, parceiros de saúde e sociedade civil precisam agir com urgência e juntos para controlar esse surto", acrescenta Kluge. Em seu ponto de vista, a luta contra a varíola dos macacos deve acontecer em três passos:
- Vigilância aprimorada, rastreamento de contatos e prevenção e controle de infecções
- Envolvimento intensivo da comunidade e uma comunicação mais clara
- Colaboração regional genuína e altruísta — imediatamente e a longo prazo
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"Os médicos precisam saber o que devem procurar e como gerenciar casos suspeitos. O público em geral também precisa saber o que procurar e o que deve fazer. Uma vez identificados, os pacientes com suspeita ou confirmação de varíola dos macacos devem ser isolados até que seus sintomas sejam totalmente contidos", orienta o especialista da OMS.
"Devemos lembrar que o vírus da varíola dos macacos não está ligado a nenhum grupo específico. Estigmatizar certas populações prejudica a resposta da saúde pública, como vimos repetidamente em contextos tão diversos quanto HIV, tuberculose e covid-19", acrescenta Kluge em sua declaração.
De acordo com o diretor regional, a varíola dos macacos não é um motivo para cancelar eventos, mas uma oportunidade de aproveitá-los para impulsionar engajamento na luta contra a doença.
O diretor relembra que atualmente existem quantidades limitadas de vacinas e antivirais para a varíola dos macacos e dados limitados sobre seu uso. "A vacinação em massa não é recomendada ou necessária neste momento. A vacinação direcionada, antes ou depois da exposição ao vírus, pode beneficiar os contatos dos pacientes, incluindo os profissionais de saúde", finaliza.
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