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Varíola dos macacos em tempo real: mapa lista novos casos da doença no globo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Ryasnyansky/Envato Elements
Ryasnyansky/Envato Elements

Diante da onda de casos da varíola dos macacos — em inglês, monkeypox — no globo, pesquisadores e cientistas se uniram para criar um mapa interativo de casos confirmados e suspeitos da infecção, atualizado em tempo real. Disponível na plataforma Global.health, a iniciativa lista mais de 170 casos confirmados da doença, que estão espalhados por 16 países.

No momento, a Europa é o continente que mais registra casos confirmados da varíola dos macacos. Os diagnósticos estão, principalmente, concentrados no Reino Unido. Esta foi a primeira região do globo, que não é endêmica para a doença, a identificar casos do atual surto. Em seguida, estão Espanha e Portugal.

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Segundo a GAVI Alliance, a varíola do macaco está na lista de 10 doenças com potencial para novas pandemias. Além dela, foram consideradas a ebola, a febre de Lessa e a febre do Vale do Rift. Diante dos riscos, países e agências de saúde investem no monitoramento e isolamento de casos. Por exemplo, a Bélgica foi a primeira nação a adotar a quarentena obrigatória de 21 dias para casos confirmados.

Número de casos da varíola dos macacos por país

No total, o mapa interativo lista, nesta terça-feira (24), 175 casos oficialmente confirmados da varíola dos macacos no mundo. A seguir, confira quais regiões são mais afetadas pelo surto da infecção, de origem desconhecida:

  • Reino Unido: 56;
  • Espanha: 41;
  • Portugal: 37;
  • Alemanha: 6;
  • Holanda: 6;
  • Canadá: 5;
  • Itália: 4;
  • Bélgica: 4;
  • França: 3;
  • Estados Unidos: 2;
  • Austrália: 2;
  • Dinamarca: 1;
  • Suécia: 1;
  • Áustria: 1;
  • Suíça: 1;
  • Israel: 1.

Além destes países, Marrocos e Argentina registram casos suspeitos para a infecção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é esperado que "haja mais casos de varíola dos macacos identificados à medida que a vigilância se expande em países não endêmicos".

Questão dos países endêmicos

Até então, a maioria dos casos da varíola dos macacos tinha ligação direta com pacientes que viajaram para algum país da África, onde a doença é endêmica. No entanto, a atual onda de surtos não têm relação com casos importados e os cientistas apontam para a transmissão comunitária — onde não é possível identificar a origem da doença —, principalmente, na Europa.

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"As investigações epidemiológicas estão em andamento, no entanto, os casos relatados até agora não têm ligações de viagem estabelecidas para áreas endêmicas", explica a OMS, em comunicado sobre a busca pela origem dos casos.

Vale lembrar que, segundo a OMS, os seguintes países enfrentam a doença de forma endêmica:

  • Benin;
  • Camarões;
  • República Centro-Africana;
  • República Democrática do Congo;
  • Gabão;
  • Gana;
  • Costa do Marfim;
  • Libéria;
  • Nigéria;
  • República do Congo;
  • Serra Leoa;
  • Sudão do Sul.

De forma geral, os casos desses países não entram na contagem da plataforma Global.health, já que não são considerados atípicos. Por exemplo, até o começo de maio, a República Democrática do Congo registrou mais de 1,2 mil casos suspeitos da varíola dos macacos, sendo 58 óbitos.

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Como funciona o mapa interativo da doença?

Vale explicar que a plataforma Global.health é criada de forma colaborativa por uma equipe internacional de pesquisadores e colaboradores, incluindo membros da Universidade de Oxford, Escola de Medicina de Harvard, do Hospital Infantil de Boston e da Universidade Johns Hopkins.

"Nossa missão é permitir o compartilhamento rápido de dados de saúde pública confiáveis ​​e abertos para avançar na resposta a doenças infecciosas", explica a página oficial do projeto. Além da recente questão da varíola dos macacos, a iniciativa levanta e organiza dados sobre a pandemia da covid-19.

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Fonte: Global.health e OMS