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Vapes com nicotina têm potencial para reduzir tabagismo, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Abril de 2021 às 08h15

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Chiara Summer/Unsplash
Chiara Summer/Unsplash

Alguns especialistas já afirmaram que o tabagismo pode deixar de existir dentro de 20 anos. Na esteira, um estudo publicado no último dia 12 na revista científica The Lancet – Respiratory Medicine associou cigarros eletrônicos (ou vapes) que fornecem uma quantidade de nicotina semelhante aos cigarros "tradicionais" à redução do tabagismo e da exposição a um dos principais produtos químicos cancerígenos do tabaco.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores realizaram um ensaio clínico com 520 participantes que fumavam mais de nove cigarros por dia, não usavam cigarro eletrônico e estavam interessados ​​em reduzir o tabagismo, mas não parar completamente.

Durante 24 semanas, os participantes usaram o cigarro eletrônico preenchido com nicotina líquida. Os pesquisadores escolheram as condições do cigarro eletrônico para refletir uma gama de liberação de nicotina: nenhuma, baixa (8 mg/ml) ou semelhante ao cigarro (36 mg/ml). Os pesquisadores também forneceram aos participantes instruções para reduzir o tabagismo.

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“O estudo mostra que quando os fumantes interessados ​​em reduzir o hábito recebem um cigarro eletrônico com liberação de nicotina semelhante ao cigarro comum, têm maior probabilidade de redução significativa nos tóxicos relacionados ao tabaco", escreveu Jonathan Foulds, pesquisador do Penn State Cancer Institute e professor de ciências da saúde pública e psiquiatria e saúde comportamental.

A autora principal do estudo, Caroline Cobb, professora de psicologia da Virginia Commonwealth University, diz que o estudo é importante porque muitos cigarros eletrônicos têm perfis de entrega de nicotina insatisfatórios, e os resultados sugerem que esses produtos podem ser menos eficazes em ajudar os fumantes a mudar seu comportamento e a exposição a tóxicos associados. “Nosso estudo destaca a importância de caracterizar o perfil de liberação de nicotina do cigarro eletrônico antes de conduzir um ensaio clínico", aponta.

A descoberta levará futuros estudos a compreenderem com mais facilidade os possíveis danos e benefícios dos cigarros eletrônicos. Segundo os próprios pesquisadores, o estudo também contribui para a compreensão do papel que os cigarros eletrônicos desempenham na mudança do hábito de fumar. No entanto, o grupo ressalta que ainda há pouco conhecimento sobre os efeitos dos cigarros eletrônicos ao longo dos anos, o que sugere cautela no uso desses aparelhos e suas substâncias.

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Fonte: The Lancet – Respiratory Medicine, PennState News