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Vacinas de Oxford e Pfizer geram boa resposta imune com dose única em idosos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Abril de 2021 às 17h30

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 Thirdman / Pexels
Thirdman / Pexels

Por enquanto, a grande maioria das vacinas contra COVID-19 disponíveis no mercado mundial exige duas doses. É o caso, por exemplo, dos imunizantes de Oxford/AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech. No entanto, um estudo feito pelo UK Coronavirus Immunology Consortium percebeu que esses dois imunizantes geram uma grande resposta protetora de anticorpos contra a COVID-19 em pessoas com 80 anos ou mais em uma única dose.

O estudo mostra que 93% das pessoas desenvolveram anticorpos contra a proteína spike do coronavírus em cinco a seis semanas após a primeira dose da vacina da Pfizer, e 87% das pessoas desenvolveram anticorpos após a primeira dose da AstraZeneca.

Segundo a análise, 31% das pessoas desenvolveram células T contra a proteína spike ao tomar a vacina da AstraZeneca, em comparação com 12% das pessoas que receberam a dose da Pfizer. Pessoas que tomaram o imunizante da AstraZeneca também tiveram uma resposta imune mais forte.

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As descobertas sugerem que o intervalo de 12 semanas entre as doses é seguro, já que a faixa etária mais vulnerável desenvolve uma forte resposta de anticorpos às vacinas. No entanto, de acordo com o que apontam os próprios pesquisadores, ainda há muito trabalho pela frente para descobrir se a diferença na resposta celular é significativa.

Para chegar a essas descobertas, os pesquisadores britânicos analisaram amostras de sangue de 76 pessoas, com idades entre 80 e 99 anos, que receberam uma dose da vacina da Pfizer, e de 89 que receberam a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford.

“É importante entender como a resposta imunológica gerada pelas vacinas contra a COVID-19 varia com a idade, o atraso entre as doses e o tipo de vacina administrada. Até onde sabemos, este estudo é o primeiro do gênero a comparar as respostas de anticorpos e células T após uma única dose da vacina da Pfizer ou AstraZeneca em qualquer faixa etária. As descobertas são tranquilizadoras porque muitos países, incluindo o Reino Unido, optaram por adiar a administração de segundas doses", afirmou Paul Moss, professor de hematologia da Universidade de Birmingham e líder da pesquisa, em entrevista ao britânico The Guardian.

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Enquanto isso, Dra. Helen Parry, professora clínica acadêmica da Universidade de Birmingham e também envolvida no estudo, alegou que a resposta da vacina contra COVID-19 em pessoas idosas é de particular interesse porque os especialistas sabem que a função do sistema imunológico se deteriora com a idade. "Você nem sempre responde às vacinas de forma tão eficaz quanto a população mais jovem, mas também os indivíduos mais velhos têm o maior risco de COVID grave”, disse a pesquisadora ao veículo britânico.

Fonte: The Guardian