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Vacinas contra COVID-19 são vendidas na dark web por até US$ 1.200

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Março de 2021 às 15h50

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Divulgação/Kaspersky
Divulgação/Kaspersky
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Enquanto o Brasil e o restante do mundo seguem no combate à COVID-19 com doses limitadas de vacinas e comemorando cada nova remessa, unidades de imunizantes de diversos fabricantes também estão aparecendo à venda na dark web. Os valores vão de US$ 250 a US$ 1.200, ou seja, de R$ 1.500 a R$ 7 mil, enquanto a origem dos imunizantes é desconhecida.

Os anúncios em diferentes mercados da dark web foram citados em um novo alerta da Kaspersky, com os especialistas da empresa de segurança digital encontrando centenas de anúncios desse tipo. A venda vai desde doses de vacinas como as da Pfizer, Moderna e AstraZeneca até aquelas que ainda não foram certificadas por agências internacionais ou pelo governo brasileiro. Os pagamentos são feitos por criptomoedas, enquanto a comunicação entre os comerciantes e seus clientes acontecem por meio de mensageiros criptografados.

Segundo o levantamento, a maioria dos vendedores irregulares de vacinas está em quatro países: Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido. Nas imagens, eles exibem frascos que contêm desde uma única dose até múltiplas aplicações, enquanto a divulgação de seus serviços é feita não apenas na própria dark web, mas também por meio de e-mails e grupos nos mesmos mensageiros que são usados para negociação.

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Os especialistas da Kaspersky alertam para o risco duplo envolvido em tais transações. Não apenas a obtenção de vacinas por indivíduos é ilegal, como não é possível atestar a origem dos imunizantes vendidos, o que também impede saber se as doses são efetivamente eficazes contra o novo coronavírus. Nada disso, entretanto, impediu que alguns dos vendedores acumulassem milhares de dólares em centenas de transações teoricamente relacionadas à venda ilegal de vacinas.

Além dos imunizantes em si, também podem ser encontrados anúncios que vendem cartões falsos de registro de vacinação, como forma de burlar eventuais restrições que sejam aplicadas àqueles que escolherem não se imunizarem. Dmitry Galov, especialista em segurança da Kaspersky, enxerga estes casos como uma evolução dos golpes relacionados aos imunizantes e à própria pandemia, que vêm acontecendo em todo o mundo desde o ano passado.

A recomendação dos especialistas em segurança é quase óbvia: a compra de vacinas por meio da dark web ou qualquer outro meio que não seja a disponibilização oficial não é recomendada. O ideal é que os indivíduos esperem sua vez em campanhas oficiais de vacinação, como a que vem sendo realizada no Brasil pelo Ministério da Saúde, e mantenham as medidas de higiene e prevenção antes e depois da aplicação.

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Além disso, de maneira geral, o ideal é manter o olho vivo quanto a anúncios relacionados à pandemia ou envolvendo produtos de saúde. A coisa certa a se fazer é adquirir produtos (exceto vacinas) desse tipo apenas de revendedores reconhecidos e ignorar qualquer contato ou e-mail relacionado à vacinação, venda de equipamentos ou informativos sobre a COVID-19, já que tais temas seguem sendo uma isca das mais populares para roubar dados, clonar o WhatsApp, contaminar dispositivos ou realizar crimes.

Fonte: Kaspersky