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Primeiras doses da Pfizer chegam ao Reino Unido; vacinação vai começar!

Por| 04 de Dezembro de 2020 às 16h00

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 CDC / Unsplash
CDC / Unsplash

Nesta semana, o Reino Unido se tornou o primeiro país ocidental a aprovar o uso de uma vacina contra a COVID-19 de forma emergencial. A partir da próxima semana, o imunizante contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech, já estará disponível no país. Novamente, serão o primeiro país ocidental a vacinar sua população. Para isso, a primeira remessa de lotes da vacina com tecnologia de RNA mensageiro já chegou ao Reino Unido.

As doses da vacina da Pfizer contra a COVID-19 foram levadas para uma central de distribuição em local não revelado — por questões de segurança —, de onde será enviada para os centros de vacinação espalhados por todo o Reino Unido. Estes imunizantes foram produzidos na Bélgica e foram transportados através do Eurotunnel, um túnel submarino com mais de 50 km, que liga a ilha ao continente europeu.

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Por enquanto, serão os hospitais que já possuem instalações adequadas para o armazenamento das vacinas — com freezers que operam em temperaturas inferiores aos -70 °C — que receberão as primeiras doses. A estratégia busca reduzir o risco de eventuais perdas de doses, já que o produto demanda armazenamento especial.

Vacinação contra a COVID-19

Segundo o governo britânico, o objetivo é iniciar a vacinação contra a COVID-19 já na semana que vem, o que fará dele a primeira nação ocidental a imunizar parte da sua população contra o coronavírus. Para isso, um primeiro lote com 10 milhões de doses da vacina da Pfizer será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico, similar ao Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil.

Em números totais, o Reino Unido encomendou cerca de 40 milhões de doses da vacina da Pfizer, o que será suficiente para imunizar 20 milhões de pessoas, já que a imunização completa demanda duas doses. O consenso é que a primeira rodada de vacinações possa prevenir até 99% das internações e mortes em hospitais devido ao coronavírus, estima o vice-diretor médico da Inglaterra Jonathan Van-Tam.

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No entanto, o vice-diretor explica que isso será possível se todos na lista de primeiras prioridades tomassem a vacina contra a COVID-19 e ela se demonstrar, altamente, eficaz. Nos planos do governo britânico, Van-Tan defende fundamental distribuir a vacina "o mais rápido" e no "maior volume" possível, segundo a BBC. Nesse cenário, os idosos em casas de repouso e os funcionários desses estabelecimentos estão no primeiro lugar da lista de prioridades, seguidos por pessoas com mais de 80 anos e profissionais da área da saúde.

Vacina da Pfizer é segura e eficaz?

Segundo os resultados do estudo de fase 3 anunciados pela farmacêutica Pfizer, o imunizante contra a COVID-19 obteve uma taxa de eficácia de 95%. Para entender, essa taxa representa a proporção de redução de casos entre o grupo de pessoas vacinadas comparado com o grupo não vacinado (que recebeu o placebo, como é protocolar em estudos duplos-cegos). Dessa forma, uma pessoa vacinada tem 95% menos chances de contrair esta infecção, quando comparada com quem não recebeu o imunizante.

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Além disso, não foram registrados efeitos colaterais graves durante os testes entre os participantes do estudo clínico de fase 3. Nesse sentido, foram notadas apenas dores de cabeça e fadiga em cerca de 2% dos voluntários que receberam a vacina. Esses efeitos são similares a uma "ressaca forte", conforme relatado.

De forma inovadora, o imunizante da Pfizer carrega um RNA mensageiro (mRNA) — uma tecnologia inédita para a ciência — que estimula o organismo a produzir uma proteína específica do coronavírus. Depois de produzida, o sistema imunológico pode reconhecê-la como um antígeno e, assim, cria imunidade contra a doença.

Fonte: G1