Butantan anuncia resultados de vacina contra chikungunya: 96% de eficácia
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
No início do ano, o Instituto Butantan recrutou voluntários para a vacina contra chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Nesta semana, o centro de pesquisa biológica anunciou os resultados dos testes da fase 3, que apontam uma eficácia de 96,3% para o imunizante — que ganhou o nome de VLA1553.
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Isso significa que a fórmula gerou resposta imune em 96,3% dos voluntários. Ao todo, 4.115 pessoas participaram dessa fase atual dos testes, que foi conduzida nos EUA, por meio de uma parceria com a empresa de biotecnologia Valneva.
Apesar da alta eficácia da vacina, os participantes devem ser acompanhados pelos cientistas ao longo dos próximos cinco anos. A ideia é entender se os níveis de proteção seguem altos e se há diferenças entre as faixas etárias. O Butantan também anunciou que o imunizante é seguro e causa reações adversas mínimas.
Em um estudo anterior, o Instituto Butantan chegou a relatar uma eficácia de 98,5% para o imunizante, em um período próximo à aplicação da dose. Inclusive, vale afirmar que, diferente da CoronaVac (vacina contra covid-19), essa consiste em uma dose única, feita com a tecnologia de vírus atenuado.
Testes da vacina contra chikungunya no Brasil
Depois dos testes nos EUA, o Butantan também está conduzindo um estudo clínico de fase 3 aqui no Brasil, que terá duração de 15 meses e pretende contar com a participação de 750 adolescentes entre 12 e 17 anos. Os testes ocorrem em seis centros de pesquisa nos seguintes municípios:
- São Paulo (SP)
- Salvador (BA)
- Fortaleza (CE)
- Belo Horizonte (MG)
- Aracaju (SE)
- Campo Grande (MS)
O Instituto afirma que foram escolhidas regiões onde a chikungunya é considerada como uma doença endêmica. A expectativa é que os dados dos testes da vacina sejam submetidos a uma análise da Anvisa até o final do ano que vem.
Fonte: Agência Brasil, Butantan (1, 2)