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Vacina contra o câncer de mama mais agressivo começa a ser testada nos EUA

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Outubro de 2021 às 17h58

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Rido81/Envato
Rido81/Envato

Podemos estar perto de uma vacina para combater o tipo mais agressivo de câncer de mama, de acordo com um anúncio feito pela Cleveland Clinic, dos Estados Unidos. Segundo o centro médico, os cientistas irão dar início aos testes do imunizante em humanos, que visa prevenir o câncer de mama triplo negativo, que não responde a tratamentos hormonais e a medicamentos.

A doença, atualmente, só pode ser prevenida com a mastectomia, isto é, a retirada total das mamas. Os testes serão conduzidos nos Estados Unidos após a aprovação da FDA (Food and Drug Administration), e os experimentos devem incluir somente mulheres que sobreviveram ao câncer em seu estágio inicial e que correm risco de ter a doença novamente.

G. Thomas Budd, pesquisador líder do estudo, conta que os testes trarão respostas a longo prazo. "Esperamos que essa possa ser uma vacina realmente preventiva para ser administrada em mulheres saudáveis para prevenir o desenvolvimento do câncer de mama triplo negativo, a forma de câncer de mama que temos menos tratamentos eficazes", conta.

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Cerca de 12% a 15% de todos os cânceres de mama são triplos negativos, sendo a causa do óbito de cerca de um quarto das pacientes dentro de cinco anos de diagnóstico. A doença é mais comum entre mulheres afro-americanas e aquelas que contam com a mutação BRCA1.

O câncer de mama triplo negativo geralmente está associado à proteína Alfa-lactoalbumina, que será o alvo da vacina. Assim, o sistema imunológico irá mirar nesta proteína, evitando o desenvolvimento de tumores de mama. A vacina também deve incluir uma droga no organismo que irá interromper o crescimento dos tumores.

Testes

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A pesquisa em humanos será feita em 18 a 24 pacientes que passaram pelo tratamento do tipo de câncer de mama, que estavam ainda no estágio inicial e que não têm mais tumores há cerca de três anos. Cada pessoa receberá três injeções em um intervalo de duas semanas, começando com doses baixas para monitorar a resposta de cada organismo, para então aumentar a dose e incluir mais participantes.

A pesquisa deve ser concluída em setembro de 2022 e, se os resultados forem positivos, a vacina terá o potencial para ser usada contra outros tipos de tumor.

Fonte: ScienceAlert