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Vacina contra ebola produz resposta imunológica duradoura, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Fevereiro de 2022 às 12h40

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Twenty20photos/Envato Elements
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A vacina contra o ebola, conhecida oficialmente como rVSVΔG-ZEBOV-GP, gera imunidade duradoura contra o vírus. Em estudo feito na República Democrática do Congo, pessoas imunizadas continuaram a apresentar anticorpos neutralizantes por um longo período, o que reforça a importância do imunizante em regiões endêmicas.

Publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), o estudo sobre a duração dos anticorpos produzidos pela vacina contra o ebola foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos.

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Entre os surtos de 2018 e 2020, 300 mil doses do imunizante foram aplicados no Congo, mas existiam, até agora, poucos dados sobre a produção e a duração dos anticorpos neutralizantes. Segundo os autores da pesquisa, 95,6% das pessoas imunizadas ainda apresentavam anticorpos seis meses após receberem uma dose da vacina contra o ebola.

Entenda o desafio do ebola

Vale explicar que o ebola é uma das doenças virais mais mortais do mundo. Em 1976, o vírus foi identificado pela primeira vez em um surto que ocorreu próximo ao rio Ebola, no Congo. Até hoje, 12 surtos foram rastreados na região, que é considerada endêmica para a doença.

Para prevenir a doença e conter a onda de novos surtos, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizaram o uso do imunizante em 2019. Desde então, centenas de milhares de indivíduos do país e da África Subsaariana já receberam doses da fórmula.

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Estudo sobre a vacinação

No estudo, os cientistas da UCLA investigaram a concentração de anticorpos pós-vacinação contra o Ebola no Congo. No total, participaram 608 indivíduos vacinados e que doaram amostras de sangue em três momentos distintos:

  • Dia da vacinação;
  • 21 dias após a imunização;
  • 6 meses após a vacinação.

A pesquisa descobriu que, 21 dias após a vacinação, 87,2% dos participantes do estudo apresentaram uma resposta de anticorpos contra o ebola. Passados seis meses da imunização, 95,6% dos voluntários desenvolveram e preservaram os anticorpos contra a doença.

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Curiosamente, "ser do sexo feminino e de idade jovem foi preditivo de um título [concentração] de anticorpos mais alto após a vacinação", explicam os autores do estudo.

Fonte: Pnas Ucla