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Vacina contra Alzheimer é eficaz em testes com animais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Julho de 2023 às 11h40

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Twenty20photos/Envato Elements
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No caminho da cura para a doença de Alzheimer, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Juntendo, no Japão, desenvolveram uma nova vacina que destrói proteínas associadas com o declínio cognitivo no cérebro. Em testes com animais, a fórmula demonstrou ser eficaz e promissora, reduzindo a intensidade do quadro.

“O novo teste com a vacina em camundongos aponta para uma forma potencial de prevenir ou modificar a doença. O desafio futuro será alcançar resultados semelhantes em humanos”, afirma Chieh-Lun Hsiao, uma das responsáveis pelo estudo, em nota. “Se [um dia] a vacina for bem-sucedida em humanos, será um grande passo para retardar a progressão da doença ou mesmo para preveni-la”, acrescenta.

O estudo contra o Alzheimer será apresentado, pela primeira vez, durante o congresso anual da American Heart Association, que começou nesta segunda-feira (31), em Boston (EUA). No momento, a pesquisa não foi publicada em nenhuma revista científica.

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Como funciona a vacina contra o Alzheimer?

No caso da vacina japonesa contra o Alzheimer, o foco não é induzir o sistema imunológico do indivíduo a atacar uma bactéria ou vírus. Na verdade, o composto busca desacelerar ou interromper um mecanismo que ocorre em pacientes com a doença já diagnosticada — novas técnicas têm permitido que o diagnóstico seja cada vez mais cedo.

Para isso, o composto induz o sistema imune a “atacar” as glicoproteínas associadas à senescência (SAGP, em inglês) — um tipo de proteína produzida pelas células senescentes (envelhecidas). Em pessoas com Alzheimer, as concentrações de SAGPs são normalmente altas nas células da glia, que estão conectadas com os neurônios.

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Curiosamente, a vacina reduz as concentrações de SAGPs e também da placa beta-amiloide, localizada no córtex cerebral, melhorando toda a saúde do cérebro. Hoje, estas placas são consideradas as principais responsáveis pelo declínio cognitivo, já que afetam a região responsável pelo processamento da linguagem, atenção e resolução de problemas.

Efeitos da potencial vacina contra a demência

Nos testes de laboratório com roedores que têm a doença cognitiva, a vacina do Alzheimer demonstrou ser bastante promissora, já que reduziu os depósitos de beta-amiloide no cérebro, como se “varresse” para fora das placas. Também reduziu diferentes tipos de biomarcadores inflamatórios do cérebro.

Além disso, a fórmula provocou mudanças comportamentais nos animais tratados. Mesmo com o diagnóstico para o Alzheimer, os roedores vacinados se comportaram como camundongos saudáveis e tinham maior nível de consciência do que as cobaias que não passaram pelo tratamento.

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“Estudos anteriores usando diferentes vacinas para tratar a doença de Alzheimer em modelos de camundongos tiveram sucesso na redução de depósitos de placas amiloides e de fatores inflamatórios, no entanto, o que torna nosso estudo diferente é que nossa vacina contra SAGP também alterou o comportamento desses camundongos para melhor”, acrescenta Hsiao.

Fonte: American Heart Association