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União Química inicia produção piloto do IFA para a vacina Sputnik V

Por| 25 de Janeiro de 2021 às 20h40

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Nesta semana, a farmacêutica União Química disponibilizou sua estrutura para desenvolvimento e produção piloto do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da Sputnik V (a vacina russa contra a COVID-19) aqui no Brasil, em acordo firmado com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF).

A vacina foi desenvolvida pelo instituto Gamaleya, do governo russo. Na fórmula da Sputnik V são utilizados dois adenovírus humanos, o Ad26 e o Ad5, ambos conhecidos por causar o resfriado comum. No mês de novembro, Oksana Drapkina, diretora de um instituto de pesquisa do Ministério da Saúde, anunciou que a vacina é mais de 90% eficaz. Segundo Drapkina, esses dados foram obtidos por meio das vacinações referentes a um ensaio ainda em andamento.

“Somos responsáveis ​​por monitorar a eficácia da vacina Sputnik V entre os cidadãos que a receberam como parte do programa de vacinação em massa. Com base em nossas observações, sua eficácia também é superior a 90%. O aparecimento de outra vacina eficaz é uma boa notícia para todos”, disse a diretora, durante comunicado.

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Com a produção centrada na Bthek, unidade de Biotecnologia da União Química no Distrito Federal, a parceria entre a companhia e o RDIF prevê acordo de transferência de tecnologia e fabricação da vacina para toda América Latina. 

A União Química iniciou a produção do IFA da vacina Sputnik V, em sua unidade Bthek, para fins de testes piloto, de acordo com as regras sanitárias e regulatórias brasileiras. "No seu devido tempo e com as devidas autorizações da Anvisa, iniciaremos a produção em escala industrial e comercial. A produção do IFA, em escala piloto, faz parte da rotina da indústria farmacêutica em todo o mundo", explica Rogério Rosso, Diretor de Negócios Internacionais do Grupo União Química.

"Esta semana já iniciamos um lote piloto de aprendizado de produção de IFA. Não é para uso", disse o cientista-chefe da União Química, Miguel Giudicissi. Enquanto isso, a União Química segue nas tratativas com a ANVISA a respeito das exigências referentes ao pedido de uso emergencial da Sputnik V, protocolado em 15 de janeiro de 2021, e está trabalhando arduamente junto à Agência para chegar à conclusão dessa jornada com a maior agilidade possível.

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Além do Brasil, as doses do imunizante fabricadas por aqui também irão para alguns países da América Latina que já aprovaram o uso das vacinas, como a Argentina e a Bolívia. A Sputnik V, que vem sendo desenvolvida em Moscou, foi a primeira vacina contra a COVID-19 a ser registrada em todo o mundo, apresentando eficácia de 90%.