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Uma taça de vinho por dia realmente faz bem à saúde? Veja o que a ciência diz

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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stokkete/envato
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É verdade que uma taça de vinho por dia faz bem à saúde? Muitos estudos investigam os efeitos na saúde dos polifenóis, um tipo de antioxidante presente na bebida. Uma equipe internacional revisou 22 estudos e descobriu que as pessoas que consomem 800 miligramas de flavonoides (um tipo de polifenol encontrado no vinho) por dia alcançam um risco de morte 24% menor.

O que acontece é que esses produtos químicos presentes no vinho protegem as células dos danos causados ​​por moléculas instáveis ​​chamadas radicais livres, que estão associadas a doenças cardíacas e risco de câncer, e foram propostas como uma razão potencial para os efeitos supostamente positivos da bebida em questão.

O problema é que 800 miligramas são muitos flavonóides, o equivalente a vários galões de vinho, ou melhor: 133 taças. Além disso, existem outras fontes potencialmente mais saudáveis ​​de polifenóis, como a cebola, por exemplo.

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De qualquer forma, existem evidências científicas de que beber quantidades moderadas de vinho seja saudável para o coração, além de aumentar o colesterol bom, reduzir o risco de coágulos sanguíneos, ajudar a prevenir danos nas artérias causados ​​pelo colesterol ruim e melhorar a função da camada de células que revestem os vasos sanguíneos.

Parte desse benefício para a saúde cardiovascular pode ser devido aos efeitos dos polifenóis, mas uma outra análise presume que todos esses benefícios são primeiro atenuados e depois revertidos se você beber acima das diretrizes recomendadas.

Afinal, a doença cardíaca não é o único fator de saúde e longevidade. E o álcool no vinho pode anular qualquer benefício dos polifenóis. Não há muita evidência de que o álcool tenha um efeito protetor, e há muito mais evidências de que seja um fator de risco, portanto, não faz sentido começar a beber uma taça de vinho por dia tendo em mente melhorar a saúde do coração.

Fonte: The Journal of NutritionAmerican Journal of Epidemiology via Live Science