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Uma noite de sono ruim já muda a maneira como seu cérebro deseja a comida

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jcomp/Freepik
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Você já sentiu mais fome depois de dormir mal? Se sim, não é apenas uma impressão. Uma única noite de sono ruim já é suficiente para alterar os sinais cerebrais relacionados à fome e ao prazer (transformando o desejo pela comida). É que a privação de sono afeta dois hormônios-chave: a grelina, que aumenta a sensação de estar com fome; e a leptina, que promove a saciedade.

De acordo com a neurologista Joanna Fong-Isariyawongse, professora associada da Universidade de Pittsburgh, o que acontece é que, com menos horas de sono, há um aumento da grelina e uma queda na leptina, o que leva a um apetite maior e menos satisfação após as refeições.

Reação do cérebro cansado

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Além disso, o cérebro cansado reage de forma diferente aos alimentos. Imagens de ressonância magnética mostram que áreas responsáveis pelo autocontrole, como o córtex pré-frontal, diminuem sua atividade.

Enquanto isso, regiões ligadas à recompensa, como a amígdala e o núcleo accumbens, ficam mais ativas diante de comidas calóricas. Assim, você sente mais desejo por alimentos gordurosos ou açucarados e tem mais dificuldade em resistir e manter uma dieta equilibrada, por exemplo.

Efeitos no metabolismo

E os efeitos não param por aí...

O metabolismo também sofre: o corpo passa a processar a glicose com menos eficiência, aumentando o risco de acúmulo de gordura abdominal e problemas como diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.

Por isso, dormir bem é tão importante quanto se alimentar corretamente ou praticar exercícios.

A boa notícia é que o corpo começa a se reequilibrar com apenas uma ou duas noites de sono de qualidade. Ao invés de recorrer à cafeína ou a dietas restritivas, priorizar o descanso pode ser a forma mais eficaz de controlar o seu apetite e manter a sua saúde em dia.

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Fonte: The Conversation