Uganda anuncia surto de ebola e registra primeira morte
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Após a confirmação da morte de um homem de 24 anos, as autoridades de saúde de Uganda declararam, na terça-feira (20), que o país enfrenta um surto de ebola. Os casos da infecção viral que pode ser mortal estão concentrados na região central do país e, até o momento, as análises laboratoriais apontam que foram causados pela cepa do Sudão — que é um tipo raro.
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No momento, o Uganda Virus Research Institute confirmou apenas o caso de ebola do homem de 24 anos, mas seis mortes ainda estão em investigação no país. Além disso, existem oito casos suspeitos. Estes pacientes recebem atendimento em uma unidade de saúde e estão em isolamento.
Ações da OMS para controlar surto de ebola em Uganda
“Esta é a primeira vez em mais de uma década que a Uganda registra um surto de ebolavírus do [tipo do] Sudão. Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades nacionais de saúde para investigar a origem deste surto, enquanto apoiamos os esforços para implementar rapidamente medidas de controlo eficazes”, afirmou Matshidiso Moeti, diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, em comunicado.
Para ajudar no controle e no rastreamento de casos, a OMS enviou uma equipe para o distrito de Mubende, na parte central do país, que é a região afetada pelo atual surto. No local, a organização deve distribuir tendas para o isolamento de pacientes infectados pelo vírus do ebola, buscando reduzir os contágios da doença.
Mais surtos de ebola em Uganda
Vale lembrar o ebola é uma doença bastante grave e pode ser fatal para alguns indivíduos. Além disso, pode provocar sequelas duradouras nos pacientes infectados. Até o momento, a ciência já identificou seis cepas diferentes, sendo que três são consideradas mais perigosas — Bundibugyo, Sudão e Zaire.
No atual surto da Uganda, foi identificada a cepa do Sudão do ebola como causa. Segundo a OMS, "as taxas de letalidade do vírus do Sudão variaram de 41% a 100% em surtos anteriores". Por outro lado, o início precoce do tratamento demonstrou reduzir significativamente os números de mortes.
Este é o terceiro surto do vírus já registrado em Uganda. O primeiro ocorreu em 2012 e foi também causado pela cepa do Sudão. Agora, o segundo foi identificado em 2019, mas este foi provocado pela cepa do Zaire.
Fonte: OMS