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Tratamento para depressão pode alterar a estrutura do cérebro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Outubro de 2022 às 21h40

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cookelma/envato
cookelma/envato

Um novo estudo apresentado no congresso científico 35th annual European College of Neuropsychopharmacology aponta que os tratamentos para depressão podem alterar a estrutura do cérebro. Segundo o trabalho, esses pacientes podem ter a atividade cerebral "religada" em semanas, com a terapia certa.

Os resultados do estudo sugerem que algumas das características estruturais do cérebro encontradas em pacientes com depressão foram aliviadas quando o tratamento antidepressivo foi bem sucedido. Para isso, 109 pacientes tiveram seus cérebros escaneados por meio de ressonância magnética.

Em seguida, os pacientes foram tratados com terapia eletroconvulsiva, terapia psicológica ou medicação antidepressiva, ou uma combinação de todas as terapias. Seis semanas após a primeira ressonância magnética, os pacientes tiveram seus cérebros escaneados novamente. Os resultados do foram então comparados com os cérebros de 55 participantes saudáveis.

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Os autores descobriram que os pacientes com as maiores melhorias nos sintomas também mostraram as alterações cerebrais mais estruturais. Após seis semanas, a conectividade entre os neurônios em certas partes do cérebro aumentou e esses efeitos foram independentes da escolha do tratamento.

Por enquanto, os cientistas ainda não possuem uma explicação de como essas mudanças acontecem, ou porque elas deveriam acontecer com formas tão diferentes de tratamento.

Conforme apontam os autores, os antidepressivos estão associadas à plasticidade neural no hipocampo e no córtex pré-frontal, e a terapia cognitiva comportamental está associada à ativação cerebral alterada no córtex pré-frontal e precuneus, ligada a imagens mentais e memória.

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“Isso significa que a estrutura cerebral de pacientes com depressão clínica grave não é tão fixa quanto pensávamos, e podemos melhorar a estrutura cerebral em um curto período de tempo, cerca de seis semanas. Isso dá esperança aos pacientes que acreditam que nada pode mudar", apontam os autores do estudo.

Fonte: Science Alert