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Pessoas com depressão não são mais realistas, como se pensava anteriormente

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Outubro de 2022 às 13h01

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gpointstudio/envato
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Pessoas com depressão são mais realistas? Anteriormente, estudos apontavam que sim, mas um novo relatório publicado na Collabra Psychology busca refutar essa teoria. A ideia proposta por essa nova equipe de pesquisadores é que não precisa estar deprimido para compreender o nível de controle que se tem sobre as situações da vida.

O conceito de realismo depressivo vem de um estudo de 1979, em que os pesquisadores examinaram se as pessoas eram capazes de prever quanto controle tinham sobre uma luz que ficava verde quando apertavam um botão.

A pesquisa original concluiu que os participantes com depressão eram melhores em identificar quando não tinham controle sobre as luzes, enquanto aqueles que não estavam deprimidos tendiam a superestimar seu nível de controle.

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Nesse novo estudo, os autores analisaram dois grupos de 382 participantes, que responderam um questionário sobre depressão. Nesse caso, os envolvidos realizaram uma tarefa semelhante à do estudo de 1979: foram colocados frente a um botão e uma lâmpada. Cada um foi instruído a descobrir se apertar (ou não apertar) o botão fazia a luz acender. Após as rodadas, cada um relatou quanto controle eles tinham sobre a luz.

No entanto, essa nova pesquisa não gerou os mesmos resultados do estudo original. Na verdade, as pessoas do grupo com um nível mais alto de depressão superestimaram seu controle sobre as luzes, o que inclusive traz uma ideia diretamente oposta, em comparação com o que se concluiu em 1979.

Essa descoberta pode ser motivada pela ansiedade, e não pela depressão, conforme observam os pesquisadores. Segundo o artigo, nessa pesquisa original, os níveis de depressão tiveram pouco impacto na sensação de controle. Os pesquisadores também afirmam que a depressão não afetou o excesso de confiança das pessoas.

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Fonte: Collabra Psychology via University of California