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Trabalho duro e estressante "polui" o cérebro com toxinas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Outubro de 2022 às 11h30

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Elisa Ventur/Unsplash
Elisa Ventur/Unsplash

Um estudo publicado na plataforma National Library of Medicine revelou o que acontece com o cérebro após um longo dia no trabalho. Para isso, o grupo de pesquisadores mensurou a atividade cerebral em diferentes momentos do dia, chegando à descoberta de que tarefas que exigem concentração intensa e constante podem levar ao acúmulo de um produto químico potencialmente tóxico chamado glutamato.

O glutamato normalmente envia sinais de células nervosas, mas em grandes quantidades, pode alterar o desempenho de uma região do cérebro envolvida no planejamento e nas decisões, chamada córtex pré-frontal lateral. Trata-se de mais uma evidência científica que sugere que a fadiga mental tem efeitos reais.

A ideia do novo estudo era investigar se funções cognitivas como foco, memória e resolução de problemas podem causar fadiga do córtex pré-frontal lateral e como isso influencia as decisões que tomamos quando realizamos as importantes tarefas do cotidiano.

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Conforme relembra o estudo, as células nervosas quebram os nutrientes para liberar energia, mas esse processo acumula moléculas de subprodutos conhecidos como metabólitos. Dito isso, o glutamato é um tipo de metabólito, e o cérebro precisa limpar esse resíduo químico tóxico durante o sono.

Para testar sua hipótese, os autores dividiram seus 40 participantes em dois grupos. Os dois grupos precisaram fazer tarefas em um escritório durante seis horas e meia. No entanto, apenas um deles teve que realizar tarefas difíceis, que exigiam memória e atenção constante.

Os cientistas então usaram espectroscopia de ressonância magnética para escanear os cérebros dos participantes e medir os níveis de metabólitos no início, meio e fim do dia. Com base nisso, os autores identificaram um aumento da concentração de glutamato, mas apenas no grupo que precisou fazer as tarefas mais complicadas.

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Após as tarefas cognitivas, os dois grupos tiveram testes envolvendo decisões. O grupo de alta demanda, que tinha um nível elevado de metabólitos no lPFC, fez escolhas consideradas pelos cientistas como "ações de baixo esforço com recompensas de curto prazo", o que acende o alerta para a tomada de decisões após um dia cansativo no trabalho.

Fonte: National Library of Medicine via The Conversation