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Tomar antibiótico após o sexo pode reduzir risco de ISTs

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Towfiqu barbhuiya/Unsplash
Towfiqu barbhuiya/Unsplash

Um novo estudo apresentado na 24ª Conferência Internacional de AIDS em Montreal apontou que tomar antibiótico após o sexo pode prevenir pelo menos três infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): clamídia, sífilis e gonorreia. O estudo utilizou a doxiciclina, comumente usada para tratar e prevenir a acne e a doença de Lyme.

O novo estudo envolveu 544 participantes considerados de alto risco para ISTs e a administração de uma dose de doxiciclina de 200 mg em até três dias após uma relação sexual sem proteção. Metade dos envolvidos vive com o vírus do HIV, e a outra metade faz uso do PrEP, medicamento que atua na prevenção do vírus.

Os pesquisadores observaram uma redução de 62% dos casos de gonorreia e clamídia no grupo que vivia com o HIV, e de 66% nos demais. O medicamento também se mostrou eficaz em prevenir a sífilis, reforçando o potencial como método de prevenção após o sexo desprotegido.

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Entretanto, os pesquisadores temem que o uso do medicamento possa desencadear resistência a antibióticos nas três bactérias que causam essas doenças, o que dificultaria o seu tratamento no futuro. Para se ter um parâmetro, a que causa a gonorreia inclusive já é propensa a desenvolver essa capacidade.

O que acontece é que, com a exposição recorrente ao medicamento, o microrganismo eventualmente consegue desenvolver mutações que o levem a resistir ao efeito, então sua versão atualizada pode se replicar e acabar infectando outras pessoas, criando uma nova linhagem da bactéria que não responde ao tratamento.

O caso das resistências de bactérias a antibióticos é tão sério que já está entre as principais causas de morte no mundo. De qualquer forma, a prevenção de ISTs com o antibiótico é um importante passo para a ciência.

Fonte: 24th International AIDS Conference in Montreal via Science