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Teste de covid dá errado e deixa líquido cerebral de paciente vazando pelo nariz

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Setembro de 2021 às 15h50

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PolonioVideo/Envato
PolonioVideo/Envato

Na República Tcheca, um homem foi realizar o exame RT-PCR, após suspeita de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Neste tipo de exame, um swab (haste flexível longa com ponta de algodão) nasal coleta amostras da região da nasofaringe — área atrás do nariz e que fica acima do palato mole. Por causa de um acidente no momento da coleta, uma fina tábua óssea que separa espaço nasal do cérebro do paciente foi danificada. Sem saber do ocorrido, a pessoa passou nove meses julgando ter uma alergia crônica, na qual o nariz escorria constantemente.

O acidente no teste da covid-19 aconteceu em março de 2020, segundo relato do Live Science. Na ocasião, o resultado do exame foi negativo para a presença do coronavírus. No entanto, como o nariz escorria — principalmente, a narina esquerda —, o paciente pensou ter uma alergia crônica.

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Em dezembro daquele ano, o paciente buscou ajuda para tratar a suposta alergia. Após uma tomografia computadorizada, o profissional da saúde descobriu que o teste da covid-19 havia danificado sua placa cribriforme e a "coriza" era vazamento do líquido cérebro-espinhal do paciente.

Líquido cérebro-espinhal vazando pelo nariz

Com os exames, o homem da República Tcheca foi diagnosticado com vazamento de líquido cefalorraquidiano (LCR). Este fluído tem aparência clara e tem como função amortecer o encéfalo e a medula espinhal contra choques e pressão (proteção mecânica). O seu vazamento é considerado uma condição rara e potencialmente grave.

Os vazamentos do LCR são perigosos, porque podem aumentar o risco de meningite, que é uma infecção das membranas que circundam o cérebro e a medula espinhal. Por outro lado, os pacientes podem conviver com esse tipo de vazamento por anos, sem desenvolver problemas sérios.

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O curioso é que este é considerado o primeiro vazamento conhecido que não estava relacionado a um problema já existente no crânio do paciente. Por exemplo, nos Estados Unidos, situação de vazamento do LCR já foi relatada, mas ocorreu em uma mulher com encefalocele — um defeito congênito raro que faz com que os ossos do crânio não se fundam normalmente, formando cavidades.

É comum isso acontecer no PCR?

Vale lembrar que, mesmo que acidentes como os dois casos relatados ocorram, o exame RT-PCR é extremamente seguro. No mundo, milhões de testes do tipo já foram realizados durante a pandemia da covid-19 e uma parcela insignificante de erros, do ponto de vista estatístico, foi relatada. Ou seja: a perfuração da tábua óssea do seio nasal é algo extremamente raro em exames de coleta com haste flexível na nasofaringe.

Fonte: Live Science