AstraZeneca alerta sobre pressa para aplicar terceira dose na população
Por Natalie Rosa | Editado por Luciana Zaramela | 09 de Setembro de 2021 às 16h40
Com o surgimento de novas variantes do coronavírus e com a redução da eficácia das vacinas ao longo dos meses, alguns países já estão se preparando para a aplicação da terceira dose de uma vacina contra a COVID-19. Essa dose de reforço, no entanto, pode prejudicar os estudos sobre os efeitos da vacina a longo prazo, segundo declaração dos executivos da AstraZeneca.
- Vacina da AstraZeneca reduz carga viral quando aplicada no nariz, diz estudo
- Rio testará terceira dose com Pfizer ou AstraZeneca em idosos
- CoronaVac e AstraZeneca: estudo mostra efetividade em 60 mi de brasileiros
Pascal Soriot, executivo-chefe do laboratório, e Mene Pangalos, vice-presidente executivo de pesquisa e desenvolvimento, disseram em artigo que é sensato aplicar a terceira dose de um imunizante contra o coronavírus em pessoas mais vulneráveis, que podem não ter desenvolvido resposta imune completa. Porém, a pressa em aplicar uma dose de reforço na população geral deve acontecer com base em dados clínicos, que devem ser publicados pela AstraZeneca em breve.
Os executivos dizem que esses novos estudos vão revelar como a proteção das vacinas está se mantendo ao longo de seis meses após a aplicação da segunda dose, e também como a combinação de vacinas de diferentes fabricantes pode ajudar no combate ao coronavírus. "Não sabemos que mistura de anticorpos e células T é necessária para a prevenção da forma grave da doença", diz o documento. "É por isso que precisamos do peso das evidências clínicas obtidas do mundo real antes de tomarmos uma decisão sobre a terceira dose", completa o comunicado.
Fonte: BBC