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Terapia gênica pode rejuvenescer o coração em 10 anos, sugere estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Janeiro de 2023 às 11h20

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Alexandru Acea/Unsplash
Alexandru Acea/Unsplash

Cientistas britânicos e italianos investigam, há mais de 10 anos, os genes associados ao envelhecimento saudável em idosos centenárias. Baseados nessas descobertas, o grupo testa formas de rejuvenescer o coração, a partir de um novo tipo de terapia gênica que corrige o DNA do indivíduo, modificando uma variante do gene BPIFB4. A solução tem, teoricamente, a capacidade de rejuvenescer o coração em 10 anos, mas ainda deve ser experimentada em humanos.

Publicado na revista científica Cardiovascular Research, o estudo sobre a possibilidade de rejuvenescer o coração é liderado por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e pelo centro de estudos IRCCS Multimedica, na Itália. Por enquanto, testes com a nova terapia gênica foram realizados com roedores e células humanas.

“Nossas descobertas confirmam que o gene mutante saudável pode reverter o declínio do coração em pessoas mais velhas, com genes 'ruins'", afirma Paolo Madeddu, um dos autores do estudo e professor de Bristol, em comunicado. Com isso, o risco de doenças ligadas ao envelhecimento, como insuficiência cardíaca, é reduzido.

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Como a terapia gênica pode rejuvenescer o coração?

Por enquanto, apenas testes pré-clínicos foram realizados com a nova terapia gênica que hipoteticamente pode rejuvenescer o coração. No primeiro momento, experimentos foram realizados com células do tecido cardíaco, retiradas de pacientes idosos que não continham a mutação associada à longevidade e apresentavam insuficiência cardíaca, in vitro.

Neste ponto, "observamos um processo de rejuvenescimento celular. As células cardíacas dos pacientes idosos com insuficiência cardíaca voltaram a funcionar adequadamente, mostrando-se mais eficientes", afirma Monica Cattaneo, do IRCCS Multimedica.

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No experimento com roedores, os resultados foram ainda mais promissores. Segundo os autores, após uma única administração da terapia, já era possível observar os efeitos em camundongos de meia-idade. Entre eles, os corações exibiam alterações similares daquelas observadas em pacientes idosos com 100 anos ou mais, como se o novo gene tivesse retrocedido o relógio biológico do coração em dez anos.

Agora, mais pesquisas devem ser realizadas pelo grupo, e devem ser avaliadas questões de segurança e de eficácia do tratamento. No futuro, é possível que humanos sejam recrutados para os testes, mas, por enquanto, ainda não há nenhum tipo de previsão.

Fonte: Cardiovascular Research e Universidade de Bristol