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"Tatuagem eletrônica": tinta condutiva pode substituir eletrodos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Freepik
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Na última segunda-feira (2), cientistas da Texas University (EUA) anunciaram a criação de uma espécie de tatuagem eletrônica para medir a atividade cerebral. A tinta pode ser impressa no couro cabeludo, e pode servir como uma alternativa aos eletrodos.

A tecnologia já chegou nas tatuagens: não é a toa que já temos uma tatuagem capaz de monitorar a saúde ou a smart tattoo, que prometia ser o futuro dos dispositivos wearable. Mas dessa vez, os pesquisadores do Texas levaram esses conceitos a outro nível, principalmente se levarmos em consideração a complexidade do cérebro.

Nesse caso, a tinta é feita de polímeros condutores e pode fluir através do cabelo para atingir o couro cabeludo. Uma vez seca, funciona como um sensor de película fina, captando a atividade cerebral através do couro cabeludo.

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Usando um algoritmo de computador, os pesquisadores podem projetar os pontos no couro cabeludo do paciente. Então, usam uma impressora para pulverizar uma fina camada de tinta n esses pontos.

Mas pode ficar tranquilo: não há dor como a de uma tatuagem normal. Para falar a verdade, de acordo com os próprios pesquisadores, o processo é rápido, não requer contato e não causa desconforto algum. Veja como funciona:

Para testar, a equipe imprimiu as tatuagens no couro cabeludo de cinco participantes. Eles também anexaram eletrodos convencionais ao lado das tatuagens para fazer uma comparação.

Eis o resultado: a equipe descobriu que as e-tattoos tiveram um desempenho comparativamente bom na detecção de ondas cerebrais com ruído mínimo.

Após seis horas, o gel nos eletrodos convencionais começou a secar e a maior parte parou de captar sinais, mas as tatuagens seguiram firmes e fortes: mantiveram a conectividade estável por pelo menos 24 horas.

Animados com os resultados, os cientistas julgam que esse estudo tem potencial para mudar a maneira como dispositivos de interface cérebro-computador não invasivos são projetados. O que resta é ficar de olho nas próximas pesquisas para saber os desdobramentos dessa tatuagem eletrônica.

O estudo completo pode ser acessado no periódico Cell Biomaterials.

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Fonte: EurekAlert!