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SP anuncia criação de usina de oxigênio para pacientes graves da COVID; entenda

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Março de 2021 às 17h45

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Anna Shvets/ Pexels
Anna Shvets/ Pexels

Nesta segunda-feira (22), o governo de São Paulo anunciou que deve estabelecer uma usina para a produção de oxigênio no interior do estado, na cidade de Ribeirão Preto, para o combate da COVID-19. A iniciativa deve ser lançada em 10 dias e terá como objetivo atender a demanda crescente de pacientes internados em decorrência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) na região.

Para a usina que produzirá oxigênio, o estado de São Paulo terá como parceira a iniciativa privada, representada por empresas como Ambev e Copagaz. O movimento deve garantir o fornecimento do gás hospitalar e dos cilindros necessários para a criação de novos leitos para o atendimento da COVID-19. Vale destacar que em janeiro deste ano, o sistema de Saúde de Manaus colapsou pela falta de oxigênio.

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Na parceria, a Ambev será a responsável por criar a usina e teria se comprometido a doar integralmente a produção diária de 125 cilindros de oxigênio. Em paralelo, a Copagaz deve contribuir com a sua frota para o transporte e logística dos cilindros. "Hoje a reunião foi muito importante, com as cinco principais empresas de fornecimento de oxigênio. O objetivo foi ouvir quais são os desafios que as empresas têm e garantir o fornecimento para todo o estado. Tivemos a excelente notícia da Ambev com essa usina que produzira 125 cilindros por dia", comentou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Importância dos cilindros de oxigênio para o tratamento da COVID 

Na última sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de cilindros industriais para armazenar oxigênio hospitalar. Esta medida deve evitar o desabastecimento de parte do "kit intubação" — fundamental no tratamento de pacientes graves da COVID-19 —, que é composto por uma série de medicamentos para a internação, incluindo o oxigênio.

De acordo com o governo de São Paulo, "os hospitais estaduais possuem usina própria ou grandes tanques de oxigênio que realizam o atendimento da maior parte dos pacientes. Já UPAs, UBSs e hospitais de cidades de pequeno porte, em geral possuem estruturas menores e dependem da utilização de cilindros, que estão escassos em todo o país".

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Para evitar o possível desabastecimento é que a nova usina deve ser criada. Além disso, o governo encaminhou pedidos às indústrias para que possam disponibilizar os cilindros de outras áreas para que sejam devidamente higienizados e convertidos ao uso hospitalar. De modo geral, os cilindros de oxigênio também são utilizados em atividades industriais, como nos setores naval, automotivo, petroquímico e metalúrgico, entre outros.

“Nós estamos fazendo um grande chamamento ao setor privado, para que aqueles que possuem cilindros de oxigênio possam doar ou emprestar para o Estado. O objetivo é atender a todos os municípios que precisam de oxigênio o mais rápido possível”, afirmou o presidente da InvestSP, Wilson Mello. Segundo o governo, a expectativa é que as empresas do setor privado possam doar cerca de 3 mil cilindros para contribuir com o enfrentamento do coronavírus.

Situação da COVID-19 em São Paulo

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No último sábado (21), o estado de São Paulo totaliza 28.638 pacientes hospitalizados em decorrência da infecção do coronavírus, sendo que 16.570 pessoas estão internadas em leitos de enfermaria e 12.068 em leitos de Terapia Intensiva — número nunca antes registrado na pandemia da COVID-19.

O atual número de internações pela COVID-19 é 109% maior que o de quatro semanas atrás. No dia 21 de fevereiro, a ocupação total de leitos no estado de São Paulo era de 13.665 pessoas internadas, somando os dois tipos de leito. Hoje, as taxas de ocupação das UTIs subiram mais de 23 pontos percentuais e estão em 91,2%. No total, já são 2.306.326 casos confirmados e 67.558 vítimas fatais da infecção.

Fonte: Estadão, G1 e Governo de SP (1) e (2)