Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Setembro amarelo: pacientes com depressão demoram 39 meses para procurar ajuda

Por| Editado por Wallace Moté | 07 de Setembro de 2022 às 16h13

Link copiado!

microgen/envato
microgen/envato

Chegamos no setembro amarelo, mês em que se destacam as discussões acerca de saúde mental e prevenção do suicídio. Segundo a Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o quinto lugar de maior incidência da depressão no mundo. Além disso, um estudo recente publicado na revista The Lancet ressaltou que até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer sabem de seu diagnóstico.

Enquanto isso, um levantamento realizado pelo Instituto Ipsos a pedido da Janssen ouviu 800 pessoas com ou sem relação com a depressão e revelou que entre os diagnosticados, o tempo médio para procurar ajuda foi de 39 meses (três anos e três meses).

Os motivos desse tempo envolvem principalmente falta de consciência de se tratar de uma doença (18%), resistência (13%) e medo do julgamento, reação dos outros ou vergonha (13%).

Continua após a publicidade

Segundo o estudo, apenas 10% das pessoas entrevistadas acreditam que a depressão é uma doença com base biológica (e repercussões físicas no corpo). Outros 35% não acham que pode ser tratada com medicamento e 36% acreditam que para superar a doença é preciso força de vontade.

Basicamente, a ideia da pesquisa é entender como a população geral percebe a depressão e a relação da doença com os casos de suicídio. Entre junho e julho de 2020, por meio de questionário aplicado online, foram entrevistadas 800 pessoas, representando 11 estados brasileiros.

Os autores apontam que os número de suicídios e de casos de depressão resistente ao tratamento somados a falta de entendimento sobre a doença e a demora em buscar ajuda evidenciam a gravidade do cenário da depressão no Brasil.

Continua após a publicidade

A projeção, no entanto, é que esse panorama pode mudar com o avanço de políticas de atenção à doença. Existe a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas na área da saúde mental e o oferecimento de novos tratamentos para a doença.

Fonte: The Lancet