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Sentir menos estigma — não perder peso — melhora a saúde mental após bariátrica

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Freepik/Jcomp
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Um novo estudo aponta que a perda do estigma relacionado ao peso — e não a perda de peso em si — explica a melhora da saúde mental e a diminuição de transtornos alimentares em pessoas que realizaram cirurgia bariátrica. A pesquisa, conduzida por especialistas da University of Utah Health (EUA), foi publicada no dia 5 de junho na revista científica Health Psychology.

Os resultados sugerem que o estigma associado à crença de que o controle do peso depende inteiramente da pessoa é a maior barreira para uma melhor saúde entre aqueles com diagnóstico de obesidade, e não o peso do paciente em si.

“O efeito cumulativo do estigma e da discriminação contribui para grande parte dos problemas de saúde física e mental que observamos desproporcionalmente em pacientes com obesidade, em comparação com a população geral”, destacou Larissa McGarruty, psicóloga que liderou o estudo, em comunicado.

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Antes e depois da cirurgia

O estudo contou com 148 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Os pesquisadores coletaram dados dos voluntários uma semana antes do procedimento e novamente entre 1,5 e 3 anos depois. O objetivo era medir como as pessoas se sentiam em relação ao estigma nos dois momentos.

Enquanto mais de 90% dos pacientes relataram ter sofrido estigma antes da cirurgia, cerca de 60% deles afirmaram sofrer significativamente menos preconceito relacionado ao peso após o procedimento. Os resultados mostraram ainda que as pessoas que relataram menos estigma após a cirurgia apresentaram melhoras notáveis na saúde mental e física.

Em contrapartida, 40% dos participantes que continuaram sofrendo regularmente com o estigma do peso apresentaram maior risco de problemas de saúde mental.

Efeitos do estigma

Segundo os cientistas, as conclusões indicam que, quanto maior o estigma relacionado ao peso entre os pacientes após o procedimento, maior o risco de problemas de saúde mental, comportamentos alimentares inadequados e dificuldades no controle do peso. Esses impactos parecem estar mais ligados aos preconceitos sofridos do que à perda de peso em si.

“A perda de peso é benéfica para muitas coisas, mas essa mudança no estigma pode, na verdade, ser o fator mais poderoso para a saúde mental e a qualidade de vida ao longo do tempo”, conclui Larissa McGarruty.

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Confira o estudo na íntegra na revista Health Psychology.

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Fonte: University of Utah Health; Live Science