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Cirurgiões conseguem transplantar rim de porco em um humano pela segunda vez

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Robina Weermeijer/Unsplash
Robina Weermeijer/Unsplash

A cada dia, os cirurgiões se aperfeiçoam nos métodos inovadores, e a prova mais recente disso foi o êxito do segundo transplante de rim de porco em paciente humano, apenas três meses após a realização do primeiro procedimento. A equipe da New York University Langone Health conduziu tanto o primeiro caso quanto esse segundo.

Mas, calma: esse método ainda é bem inicial para a medicina, então as duas operações foram realizadas em pacientes que morreram recentemente. Ainda assim, os cientistas veem essa técnica com otimismo, considerando como uma solução potencial para a atual escassez de órgãos doados para transplante.

O principal desafio por trás da técnica é o sistema imunológico, que não está preparado para reconhecer materiais estranhos e acaba rejeitando naturalmente órgãos de outras espécies. Para se ter uma ideia, muitos mamíferos produzem uma molécula chamada alfa-gal, e a presença dela no corpo humano (que não a produz) desencadeia uma resposta dos anticorpos, que entendem que precisam destruí-la.

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Como transplantaram órgão de porco em humano?

Considerando esses desafios, os cirurgiões modificaram os rins de porco geneticamente, impedindo a produção da molécula alfa-gal. O rim foi anexado aos vasos sanguíneos da parte superior da perna do receptor e mantido fora do abdômen por um período de 54 horas para estudo e observação.

O órgão não foi rejeitado pelo receptor e funcionou bem, por isso a operação foi considerada um sucesso. Ainda que haja muito trabalho a fazer antes que os testes sejam feitos em seres humanos vivos, os cientistas estão esperançosos.

Fonte: NYU Langone Health