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Segunda onda da COVID-19 | Itália registra maior número de novos casos em 24h

Por| 15 de Outubro de 2020 às 13h00

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 Gabriella Clare/ Unsplash
Gabriella Clare/ Unsplash

Na pandemia da COVID-19, alguns países europeus voltam a enfrentar a ameaça do novo coronavírus (SARS-CoV-2), em movimento chamado de segunda onda da doença. Nesta quarta-feira (14), o Ministério da Saúde italiano anunciou 7.332 novas infecções nas últimas 24 horas. Segundo a pasta, essa é a maior contagem diária já registrada no país. Quanto aos óbitos, apenas 43 no mesmo intervalo de tempo.

Antes de hoje, a maior contagem diária de novos casos da COVID-19 havia sido registrada no dia 21 de março, com 6.557 infecções e 793 óbitos. Quanto as mortes, os números registrados agora são muito distantes do auge da crise do coronavírus na Itália, onde o país chegou a notificar mais de 900 óbitos em um único dia.

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Nos meses de março e abril, o sistema de saúde italiano chegou, inclusive, a colapsar em algumas regiões com a lata demanda de pacientes com a COVID-19. Até o momento, os óbitos permanecem relativamente baixos. No entanto, o número de pacientes contaminados em UTIs está aumentando diariamente. Hoje, são 539 internações, enquanto foram cerca de 40 pessoas na segunda metada de julho.

Vale lembrar que a Itália foi o primeiro país da Europa a ser atingido pela COVID-19 e tem o segundo maior número de mortos no continente. São 36.289 mortes acumuladas desde o aparecimento do coronavírus em fevereiro, de acordo com dados oficiais do governo. Além disso, foram registrados mais de 365 mil casos da infecção. 

Entre os números do país e as informações compartilhadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), há algumas variações por conta do horário de fechamento dos relatórios internacionais sobre a pandemia da organização.

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Impactos da segunda onda da COVID-19 na Itália

Para conter o contágio da COVID-19, a Itália impôs um severo lockdown e evitou que a situação epidemiológica do país piorasse, segundo as autoridades locais. Agora, com a segunda onda de novas infecções nas últimas semanas, o governo impôs na terça-feira (13) uma outra leva de restrições. Reuniões, restaurantes, esportes e atividades escolares voltam a ser limitados, por exemplo.

De acordo com o primeiro-ministro do país, Giuseppe Conte, há tentativas de se evitar uma série de novas restrições tão rígidas quanto as já adotadas pelo país, ainda mais em um momento em que a economia da região volta a se recuperar. 

Entretanto, cientistas italianos alegam que um lockdown pode ser a única maneira de impedir que as infecções voltem a crescer. “Penso que um bloqueio durante o Natal é realista, nos permitiria ajustar o sistema, diminuir a transmissão do vírus e aumentar o rastreamento de contato”, afirma Andrea Crisanti, professora de microbiologia da Universidade de Pádua.

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Na Europa, outros países voltam a registrar alta nos casos da COVID-19. Nesse cenário, a Itália ainda registra significativamente menos casos diários do que a França, a Espanha e o Reino Unido, por exemplo.

Fonte: Reuters