Saúde diz que vacinação infantil contra covid deve começar ainda em janeiro
Por Renato Santino • Editado por Luciana Zaramela |
Após controvérsia sobre o tema, o governo federal confirmou que a distribuição de vacinas contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos deve começar neste mês. Segundo o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, a aplicação começa a partir da segunda quinzena de janeiro.
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A jornalistas, o ministro informou que a entrega dos imunizantes pediátricos começa já na semana que vem, em 10 de janeiro. Depois disso, haverá mais alguns processos antes do início da aplicação.
O primeiro deles é o procedimento padrão de validação de qualidade e segurança dos imunizantes da Pfizer. O segundo é a consulta pública conduzida pelo ministério para saber a opinião da população sobre o tema.
"No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro", diz a Saúde.
O plano, no entanto, é liberar, sim, a imunização contra covid para as crianças, embora com restrições. Em comunicado publicado em 24 de dezembro, a pasta diz que recomenda a vacinação, desde que com prescrição médica e autorização de pais e responsáveis.
Os estados, no entanto, se mostram contrariados com a proposta. Segundo levantamento da CNN, 20 dos 27 territórios já informaram que não exigirão prescrição médica para a imunização pediátrica e os demais não haviam revelado seus planos.
Aprovada pela Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina pediátrica da Pfizer em 16 de dezembro. Ela é diferente daquela que já é usada amplamente no mundo para quem tem mais de 12 anos. A concentração no imunizante pediátrico é de 10 μg, em vez dos 30 μg utilizado em adolescentes e adultos.
A área técnica da Anvisa ponderou questões de segurança do imunizante para crianças, lembrando de pontos como os casos de miocardite e pericardite induzidos pela aplicação. No entanto, as ocorrências foram consideradas raríssimas, com incidência em apenas 0,007% dos casos.
Fonte: Ministério da Saúde, Folha de S. Paulo, CNN