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Sarampo: sinais, sintomas e importância da vacina

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Abril de 2022 às 09h15

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Centers for Disease Control and Prevention (Source)/Rawpixel
Centers for Disease Control and Prevention (Source)/Rawpixel

Conhecido pelas manchas vermelhas que aparecem na pele e que causam coceira, o sarampo já foi uma doença bastante comum em todo o mundo. Com a ajuda das vacinas, casos da infecção caíram desde os anos 2000, mas a redução da cobertura vacinal, principalmente em crianças, acende um alerta para novos surtos da doença.

Vale lembrar que, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, "o sarampo não é apenas uma pequena erupção cutânea. O sarampo pode ser perigoso, especialmente para bebês e crianças pequenas". Inclusive, pode levar o paciente ao óbito.

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O Brasil chegou a erradicar o sarampo em 2016. No entanto, desde 2018, surtos da doença são identificados no país, com maior ou menor intensidade. Em 2021, foram registrados oficialmente 668 casos, incluindo dois óbitos de crianças com menos de um ano. Associada à volta dos casos, está a queda na taxa de vacinação.

Sarampo: origem e prevenção

No século IX, um médico persa escreveu um dos primeiros relatos conhecidos sobre o sarampo, causado pelo vírus Measles morbillivirus. Desde então, a ciência já evoluiu muito e a infecção é melhor compreendida pelos médicos. Nesta jornada, foram desenvolvidas vacinas eficazes e seguras — e elas ainda são a melhor forma de prevenção.

Isso porque, até o momento, não existem remédios exclusivos para a cura da doença. "Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença", explica o Ministério da Saúde.

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Como o vírus é transmitido?

Sabe-se que a transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea. Em outras palavras, o agente infeccioso pode ser transmitido por uma pessoa doente, quando ela tosse, espirra, fala ou respira. Normalmente, a transmissão ocorre entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.

É importante destacar que o vírus do sarampo é conhecido por ser altamente transmissível. Em média, a taxa de transmissibilidade é calculada entre 12 e 18. Isso significa que cada paciente deve transmitir a doença para outras 12 a 18 pessoas, caso a cobertura vacinal na região seja baixa.

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Atualmente, o Brasil está com três campanhas de imunização ativas: sarampo, gripe e covid-19. Caso a pessoa se enquadre nos critérios da imunização, ela pode receber as aplicações no mesmo dia. Por exemplo, crianças com menos de 5 anos podem receber tanto a vacina do sarampo quanto a da covid.

Quais são os sinais e sintomas do sarampo?

Para identificar um possível caso de sarampo, o CDC relata que os principais sintomas são:

  • Febre acompanhada de tosse;
  • Irritação nos olhos e conjuntivite;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Mal-estar intenso.
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Entre o segundo e o terceiro dia do início dos sintomas, pequenas manchas brancas — conhecidas como manchas de Koplik — podem aparecer dentro da boca do paciente.

Além destes sintomas, o paciente pode apresentar manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. "Geralmente, [a doença] começa como manchas vermelhas planas que aparecem na linha do cabelo no rosto e se espalham para baixo no pescoço, tronco, braços, pernas e pés", detalha o CDC. Estas tendem a aparecer entre o terceiro e quinto dia da infecção.

"Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos", avisa a Saúde.

Risco maior para as crianças e grávidas

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Em crianças, o sarampo pode causar inúmeras complicações, como infecções de ouvido, encefalite aguda (inchaço do cérebro) ou pneumonia. Esta última é a causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas. Aproximadamente uma criança a cada 20 desenvolve pneumonia.

No caso do inchaço do cérebro, a complicação é menos comum. O CDC calcula que ela pode ser identificada em uma criança a cada mil infectadas. A condição pode desencadear convulsões e, em casos extremos, pode deixar a criança surda ou com algum tipo de deficiência intelectual.

Além disso, a Saúde lembra que "mulher em idade fértil (10 a 49 anos), não vacinada antes da gravidez, pode apresentar parto prematuro e o bebê pode nascer com baixo peso", caso seja infectada pelo vírus. Em adultos saudáveis, a principal complicação costuma ser a pneumonia.

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Dá para se vacinar contra o sarampo?

Como não existe tratamento específico contra o sarampo, a melhor forma de combatê-lo é com a prevenção, ou seja, o uso de vacinas. A vantagem é que os imunizantes são amplamente usados e já comprovaram tanto sua eficácia quanto a segurança.

Imunizantes contra o sarampo

Para a imunização contra o sarampo, não se usa uma vacina específica para a doença. No maioria dos casos, o imunizante pode proteger contra pelo menos uma outra doença. A seguir, confira quais alternativas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS):

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  • Dupla viral: protege contra os vírus do sarampo e da rubéola. É bastante usada em casos de surto;
  • Tríplice viral: protege contra os vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
  • Tetra viral: protege contra os vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

"As vacinas tríplices viral e tetraviral, em geral, causam pouca reação. Os eventos adversos mais observados são febre, dor e rubor no local da administração e exantema. As reações de hipersensibilidade são raras", lembra a Saúde.

Vacinação em crianças

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No processo de imunização contra a doença, são usadas pelos menos duas doses de um dos imunizantes contra o sarampo. Normalmente, a primeira dose é aplicada quando a criança completa um ano. Agora, a segunda aplicação ocorre quando o indivíduo alcança 15 meses.

Devido ao aumento de casos de sarampo em estados e regiões brasileiras, alguns centros médicos também aplicam aquela que é chamada de dose zero. Esta é aplicada em bebês de 6 meses até um ano, antecipando a proteção.

Quanto ao tipo de vacina a ser usada, é importante ressaltar que todas imunizam contra o vírus. Isso significa que cabe ao profissional de saúde definir qual imunizante é o mais adequado para cada pessoa, considerando a idade e a situação epidemiológica da região.

Grávidas podem se vacinar?

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Durante a gestação, a vacina é contraindicada para mulheres grávidas. A orientação é importante, porque a fórmula carrega o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado. Em alguns casos, o agente viral pode desencadear a doença, principalmente quando a pessoa está com a imunidade reduzida.

Por causa da composição, a fórmula pode não ser recomendada para crianças menores de 5 anos que tenham algum tipo de imunossupressão grave e não controlada. Nestes casos, é necessário que o médico responsável oriente qual a melhor estratégia a ser adotada.

Fonte: CDC e Ministério da Saúde (1) e (2)