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Sanofi investe bilhões de dólares na compra de tecnologia de RNA mensageiro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Agosto de 2021 às 17h00

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Rido81/Envato Elements
Rido81/Envato Elements

A farmacêutica francesa Sanofi pretende investir bilhões de dólares na aquisição da tecnologia de vacinas com mRNA (RNA mensageiro), usada pela primeira vez, de forma massiva, durante a pandemia da COVID-19. Por US$ 3,2 bilhões (cerca de 16,7 bilhões de reais), a empresa deve adquirir a sua parceira no desenvolvimento de imunizantes, a norte-americana Translate Bio.

Ainda em etapa de negociações, a Sanofi está disposta a pagar US$ 38 (cerca de 200 reais) por cada uma das ações da Translate Bio. Este preço é 30% acima do valor de fechamento da segunda-feira (2). Pode até parecer estranho, mas isso acontece porque a empresa está de olho no potencial da compra “em uma área terapêutica muito quente”, especula Wimal Kapadia, analista da Bernstein.

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Até o momento, a Sanofi não conseguiu emplacar uma fórmula contra o coronavírus SARS-CoV-2, embora experiências — e muito dinheiro — tenham sido investidos na busca deste objetivo. Dessa forma, a aquisição é um movimento para alcançar outras farmacêuticas rivais, como a Pfizer e a Moderna, que já dominam a tecnologia de mRNA. Inclusive, essas empresas já testam e adaptam a tecnologia para outras doenças, como o câncer.

Correndo por seu lugar no mercado, a decisão de compra pode ser muito benéfica para a Sanofi. “Nosso objetivo é desbloquear o potencial do mRNA em outras áreas estratégicas, como imunologia, oncologia e doenças raras, além de vacinas”, explicou o CEO da Sanofi, Paul Hudson.

Sucesso comercial das vacinas de mRNA na pandemia 

Diante da pandemia da COVID-19, as vacinas de mRNA já foram aplicadas mais de um bilhão de vezes e são adotadas por inúmeros países, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido e o Brasil. Tanto a Pfizer/BioNTech quanto a Moderna já lucraram bilhões neste mercado.  

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A Pfizer, que tem parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, anunciou, na semana passada, que o imunizante contra o coronavírus poderia gerar US$ 33,5 bilhões (cerca de 175,6 bilhões de reais) em receita somente neste ano. Sem dúvidas, é um mercado lucrativo e em expansão. Afinal, a vacinação contra a COVID-19 está longe de alcançar todo o planeta, além do uso desta tecnologia para outras doenças. 

Inclusive, a Pfizer e a Moderna aumentaram os preços de suas vacinas contra a COVID-19 nos últimos contratos firmados com a União Europeia, segundo apuração do jornal Financial Times. Agora, uma dose do imunizante da Pfizer custa cerca de 19,50 euros contra 15,50 euros anteriormente cobrados (cerca de 120 contra 95 reais). Já a fórmula da Moderna saiu de 19 euros e está em 25,50 euros (cerca de 118 para 160 reais). Vale observar que os valores podem variar de acordo com o país contratante.

Fonte: Bloomberg e Reuters