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Risco de covid longa por infecção da Ômicron é consideravelmente menor

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Voronaman111/Envato
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Cientistas suíços descobriram que o risco de um paciente saudável e vacinado desenvolver a covid longa — sintomas que se mantêm por pelo menos 3 meses após a fase aguda da doença — é significativamente menor após uma infecção causada pela variante Ômicron do que outras cepas do vírus. Mutações da própria cepa e a vacinação contra a covid-19 estão entre os fatores que justificam a menor probabilidade.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores do Cantonal Hospital St Gallen, na Suíça, analisaram dados de 1.200 profissionais de saúde, com idade média de 43 anos. A maioria dos voluntários (81%) era composta por mulheres. Os infectados pelas variante mais antigas ou pela Ômicron foram acompanhados, em média, de junho de 2020 a junho de 2022.

Até o momento, o estudo sobre o risco da covid longa após a Ômicron não foi publicado em nenhuma revista científica. A pesquisa completa será apresentada, pela primeira vez, durante o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (Eccmid) deste ano, que ocorrerá em Copenhague, durante os dias 15 e 18 de abril.

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Como as variantes da covid-19 impactam o risco de sequelas?

Analisando os dados coletados, os cientistas identificaram que os 157 indivíduos que tiveram covid-19 no início do estudo (2020) tinham um risco 67% maior de desenvolver a covid longa do que os profissionais de saúde saudáveis. No mesmo período, o risco para casos prolongados de fadiga foi de 45%. Por outro lado, as 429 pessoas infectadas pela variante Ômicron (2021 ou 2022) tinham um risco estatisticamente baixo de desenvolver a covid longa ou fadiga crônica.

Apesar do resultado bastante promissor, é preciso ter cautela nas análises. "Os participantes do nosso estudo eram principalmente mulheres saudáveis, jovens e vacinadas. Os resultados podem ser diferentes em uma população mais doente, idosa e/ou não vacinada”, completa Strahm.

O que sabemos sobre as causas da covid longa?

“A covid longa é um sério problema de saúde pública e, às vezes, é debilitante [para o paciente]", afirma Carol Strahm, uma das autoras do estudo, em comunicado. “No entanto, a maioria dos dados que temos são de indivíduos que contraíram a covid-19 relativamente cedo na pandemia, antes do surgimento da variante Ômicron no final de 2021", acrescenta. Naquele momento, as vacinas ainda estavam em desenvolvimento.

Considerando os pacientes iniciais da covid longa, os sintomas mais comuns identificados na pesquisa foram:

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Fonte: Eccmid e EurekAlert