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Restam apenas 2 milhões de doses de vacina contra COVID-19 no Brasil

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Ake/Rawpixel
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O ano de 2021 trouxe uma luz no fim do túnel com o início da vacinação contra a COVID-19 em várias regiões do mundo, o que inclui o Brasil. No entanto, novas preocupações vêm à tona: no país, só há produto disponível para começar a imunizar mais 2 milhões de pessoas, e a situação não deve mudar até o fim deste mês.

Segundo as próprias Secretarias Estaduais de Saúde, ainda há 6,53 milhões de doses prontas para uso, mas 70% delas precisam ser aplicadas em quem já tomou a primeira dose. Diariamente, são aplicadas atualmente 250 mil doses da vacina no país. Se esse ritmo continuar, o estoque destinado a novos vacinados deve se esgotar em aproximadamente oito dias, e o estoque destinado à segunda dose duraria por mais seis dias.

Frente a isso, a expectativa é que em 25 de fevereiro, o Instituto Butantan coloque para jogo mais 8,6 milhões de doses da CoronaVac. Dentre as cidades que já declararam a escassez de estoque estão Rio de Janeiro, que inclusive vê possibilidade de interrupção da aplicação de primeiras doses do imunizante no próximo sábado.

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Com isso, o secretário Daniel Soranz traz duas hipóteses: antecipar doses da CoronaVac que estão armazenadas com a Secretaria estadual de Saúde (SES) ou receber, até terça, uma nova remessa de imunizantes de Oxford/AstraZeneca. Salvador (BA), Juazeiro do Norte (BA) e Ourinhos (SP) também já declararam estoques perto de esvaziar. O governo do Espírito Santo chegou a enviar todas as primeiras doses para os municípios, e não tem mais nada sobrando.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o Programa Nacional de Imunização (PNI) deixou claro que estava enviando vacina para duas doses, e que metade delas deveria ser guardada para a segunda dose. Na opinião da SBIm, a verdadeira questão é mesmo a falta de doses, e não a estrutura para vacinar.

Segundo O Globo, por enquanto, apenas 0,05% da população brasileira (que totaliza 212 milhões de habitantes) recebeu a vacinação completa em duas doses. Uma parcela de 2,11% recebeu a primeira dose e aguarda a próxima, segundo os números levantados pelo consórcio de veículos de mídia.

Fonte: O Globo