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Resposta imune secundária pode ser a chave da cura do câncer

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Thirdman/Pexels
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Sempre que pensamos no ápice dos avanços científicos, a cura do câncer vem à mente — afinal, é o maior exemplo de descoberta "inalcançável". No entanto, dois novos estudos mostram que demos mais um passo rumo a essa descoberta, e a chave pode estar em uma coisa chamada resposta imune secundária.

Os estudos permitiram comparar a imunoterapia contra o câncer em camundongos, usando respostas imunes simples ou duplas, e apontaram que 86% dos camundongos que receberam o tratamento combinado foram curados.

Em contrapartida, nenhum dos camundongos submetidos a um tratamento de resposta única sobreviveu mais do que algumas semanas.

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Os resultados ainda apontam que os camundongos curados que receberam novos tumores 70 dias após o tratamento também os combateram com sucesso.

Conforme vemos nos relatórios publicados na revista Nature, essas descobertas podem abrir portas para novas imunoterapias contra o câncer para humanos.

Resposta imune tipo 2

Os pesquisadores explicam que o sistema imunológico usa alguns tipos de respostas para combater patógenos. O tipo 1 é concentrado em ameaças intracelulares, como bactérias, vírus e cânceres, e a resposta imune tipo 2 geralmente tem como alvo vermes parasitas.

Até então, acreditava-se que a resposta imune tipo 2 não tinha relevância no combate ao câncer, mas as impressões mudaram: tudo indica que há uma relação entre a remissão a longo prazo e os fatores imunológicos do tipo 2.

Os pesquisadores levaram em consideração essas informações e criaram um atlas genético de quase 700 mil células  de 82 pacientes para descobrir o padrão de remissão de longo prazo. Os sobreviventes tinham marcadores associados a uma resposta imune tipo 2.

Os trabalhos também mostram que proteínas imunes impulsionam uma via metabólica conhecida como glicólise, o que implica no aumento de energia e ajuda as células a se livrar da exaustão e continuar a luta contra o câncer.

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A conclusão é que a sinergia entre os dois tipos de resposta imune pode ajudar a traçar uma estratégia inovadora para o avanço da cura do câncer.

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