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Remédio da Vir e GSK reduz hospitalizações e mortes pela COVID-19 em 85%

Por| Editado por Claudio Yuge | 11 de Março de 2021 às 21h40

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Christina Victoria/Unsplash
Christina Victoria/Unsplash

Em meio à pandemia, várias empresas se dedicaram a buscar um método de proteger a população da COVID-19, seja com vacina ou medicamento. E é o caso das farmacêuticas Vir Biotechnology, dos Estados Unidos, e a GlaxoSmithKline (GSK), do Reino Unido, que desenvolveram um remédio com base em anticorpos chamado VIR-7831. Acontece que na última quinta-feira (11), as companias anunciaram que o medicamento reduziu as hospitalizações e mortes pela doença em 85%.

Segundo a Dow Jones, a ideia das farmacêuticas é solicitar imediatamente a autorização aos órgãos reguladores de saúde (não apenas dos EUA, como outros países também). Caso o medicamento seja autorizado, passa a ser o quarto remédio com anticorpo disponível nos EUA. O medicamento em questão vem na esteira dos fabricados pela Eli Lilly e pela Regeneron Pharmaceuticals.

No entanto, de acordo com as farmacêuticas, um comitê de monitoramento independente recomendou a interrupção do estudo, considerando que uma análise feita com dados de 583 pessoas mostrou alta eficácia do medicamento. Por enquanto, os resultados detalhados do estudo ainda não vieram à tona, tampouco a porcentagem de pacientes que foram hospitalizados ou morreram.

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Mas vale ressaltar que os voluntários do estudo ainda devem ser analisados por um período de 24 semanas. Além disso, mais dados serão divulgados após a conclusão do estudo, que avalia principalmente pacientes com sintomas leves ou moderados de COVID-19 com alto risco de desenvolver um quadro grave da doença.

O Valor Investe menciona que no pré-mercado dos Estados Unidos, as ações da Vir Biotechnology subiam 51,6%, para US$ 71, por volta de 9h, em contraste com os papéis da GSK, que caíam 0,8% em Londres, para 12,53 libras, no mesmo horário.

Vir e GSK se posicionam oficialmente

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As empresas responsáveis fizeram um comunicado oficial sobre o medicamento. Segue na íntegra:

"A Vir Biotechnology e a GSK anunciaram recentemente os resultados de um estudo de Fase 3 (COMET-ICE), que avalia a eficácia do anticorpo monoclonal VIR-7831 no tratamento precoce da Covid-19. A terapia, que é desenvolvida em parceria entre as duas empresas, demonstrou uma eficácia tão relevante, que o estudo foi interrompido antes da finalização dos ensaios clínicos. 

No estudo duplo-cego, com 583 voluntários não hospitalizados com COVID-19, 291 deles receberam uma única infusão intravenosa de VIR-7831 (500 mg), enquanto os demais receberam placebo. Os resultados comprovaram a redução de 85% em hospitalizações ou do risco de morte por Covid-19. Mesmo com a boa notícia, o programa de desenvolvimento VIR-7831 continuará em andamento.

 Os ensaios pré-clínicos sugerem que há o bloqueio da entrada do vírus SARS-CoV-2 nas células saudáveis no organismo desses pacientes, bem como a “limpeza” das células infectadas. Um novo estudo in vitro indica ainda que o medicamento preserva sua atividade antiviral contra as principais variantes da Covid-19, incluindo as do Reino Unido, África do Sul e Brasil.

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 Neste momento, é prematuro falar de preço ou produção imediata do medicamento, pois ainda não temos autorização regulatória para comercialização em nenhum país. Seguindo os desfechos positivos dos estudos de Fase 3, a Vir e a GSK estudam submeter, nas próximas semanas, pedidos de autorização para uso em diversos países, incluindo o Brasil."

Fonte: Valor Econômico