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Qual é a doença que mais causa morte de crianças e adolescentes no Brasil?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Envato/seventyfourimages
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Mesmo que casos de câncer em crianças e adolescentes, de um ano até 19 anos, sejam raros, esta é a doença que mais causa mortes neste grupo etário, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Os tumores representam 8% de todas as mortes no grupo.

“É a primeira causa de morte por doença no Brasil e nos países desenvolvidos. Ele [câncer] só perde para causas externas, como traumas, e outros agentes externos”, explica a oncologista Flávia Martins, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope). 

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Os três tipos de câncer mais comuns entre crianças e jovens, por ordem de frequência, são:

  1. Leucemias, que ocorre nos tecidos que formam o sangue, como a medula óssea; 
  2. Tumores no Sistema Nervoso Central (SNC), que podem ocorrer no cérebro; 
  3. Linfomas, que afetam o sistema linfático, como os gânglios linfáticos e o baço.

De acordo com estatísticas do Inca para o triênio 2020/2022,8.460 novos casos por ano de cânceres infantojuvenis são relatados, sendo 4.310 afetam pacientes do sexo masculino e 4.150 do sexo feminino. Inclusive, o mês de setembro é reservado à conscientização e combate ao câncer infantojuvenil. 

Quais sinais e sintomas devem ser observados nas crianças?

Quando se pensa em câncer, o tratamento precoce é uma boa vantagem contra a doença. Para isso, é preciso prestar sempre atenção na criança e em mudanças de comportamento. De forma geral, o disgnóstico começa pelo reconhecimento de sintomas estranhos pelos pais e, em seguida, no atendimento médico não especializado da criança em um hospital, pronto-socorro ou Unidade Básica de Saúde (UBS). Por fim, chega o atendimento complexo, ou seja, os oncologistas que conseguem compor o diagnóstico final.

Nesse caminho, Martins explica que é importante "prestar atenção em febres contínuas. Lembrar que a criança tem, sim, febres, tem viroses, infecções, mas elas duram, no máximo, entre três e cinco dias, e não costumam deixar a criança prostrada, não costumam causar dor”.

Outro sinal importante é a palidez. “Quando a criança está um pouquinho descorada e menos ativa, os pais devem levar em consideração e levar para uma avaliação médica. Qualquer sintoma neurológico, como estrabismo, quando a criança fica vesguinha, ou a criança reclamar de alteração visual súbita, dor de cabeça”, avisa a oncologista, deve ser levado em conta.

Vale lembrar que "dor é coisa de adulto, isso não é coisa de criança. Criança, para ter dor, tem que ter alguma justificativa e essa dor tem que passar por uma investigação”, aponta sobre uma outra evidência para o diagnóstico de crianças e adolescentes. 

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Segundo o Inca, avanços nas técnicas para o tratamento do câncer em crianças e adolescentes foram extremamente significativos nos últimos 40 anos. “Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado”, informa.

Fonte: Agência Brasil