Qual a diferença entre a massa cinzenta e a substância branca do cérebro?

É possível que você já tenha se deparado com termos como massa cinzenta e substância branca do cérebro, em algum lugar — como um estudo ou uma reportagem. No entanto, nem sempre fica clara a diferença entre as duas. Afinal, para que servem? Quais são as principais características?

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Basicamente, a massa cinzenta e a substância branca do cérebro compõem o sistema nervoso central, que atua diretamente na percepção, no funcionamento do corpo e na realização de atividades essenciais, como locomoção, raciocínio e memória.

Massa cinzenta do cérebro

A massa cinzenta tem esse nome por conta da tonalidade da alta concentração de corpos celulares neuronais. Na prática, é a camada mais externa do cérebro. Envolve o cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal.

Ao longo do desenvolvimento de um ser humano, a massa cinzenta continua a se formar até os oito anos de idade. A camada externa de toda a massa cinzenta é conhecida como o córtex cerebral, mas existem também algumas áreas de massa cinzenta nos núcleos do cérebro.

A substância desempenha um papel significativo no controle dos movimentos, nas memórias e no gerenciamento das emoções. Isso quer dizer que personalidade, inteligência, função motora, planejamento, organização, processamento de linguagem e processamento de informações sensoriais são resultado da massa cinzenta.

Substância branca

Enquanto a massa cinzenta é a parte externa do cérebro, a substância branca está localizada nas partes profundas do órgão. A aparência branca — e diretamente responsável por seu nome — é resultado da substância gordurosa esbranquiçada que envolve os axônios, chamada bainha de mielina.

O papel da substância branca é permitir que a informação seja transmitida entre diferentes áreas da massa cinzenta. No entanto, continua se desenvolvendo até o final dos 20 anos, com algumas áreas levando mais tempo para se desenvolver do que outras.

A substância branca está diretamente relacionada com o aprendizado e as funções cerebrais, coordenando a comunicação entre as diferentes regiões. Ainda há muito a ser descoberto sobre essa região, justamente por sua localização em tecidos tão profundos.

Fonte: Simply Psychology (1, 2), The Conversation, NIH