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Pulmão universal: cientistas tornam órgão adaptável a qualquer tipo sanguíneo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Fevereiro de 2022 às 12h40

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maksimovata/envato
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Em estudo publicado na revista Science Translational Medicine na última quarta-feira (16), um grupo de cientistas da University Health Network descreve a descoberta de um método responsável pela geração do primeiro órgão universal, que pode ser transplantado para qualquer pessoa, independente do tipo sanguíneo.

Acontece que o tipo sanguíneo está diretamente relacionado aos antígenos encontrados na superfície dos glóbulos vermelhos e também nas superfícies dos vasos sanguíneos. É necessário combinar corretamente os órgãos do doador com os receptores, porque se um paciente com sangue tipo A recebe um órgão de um tipo B, há uma chance muito maior de que o transplante seja rejeitado.

A proposta da equipe para contornar esse problema foi utilizar enzimas do intestino para limpar os antígenos A da superfície do pulmão, transformando-o em um órgão tipo O, aceito por todos os pacientes.

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Os pesquisadores acreditam ser um passo muito promissor para o transplante de órgãos, porque pode reduzir significativamente os tempos de espera para receber uma doação. “Atualmente, os tempos de espera podem ser consideravelmente longos para pacientes que precisam de um transplante, dependendo do tipo sanguíneo. Ter órgãos universais significa eliminar essa barreira, salvando mais vidas e desperdiçando menos órgãos”, afirmam os pesquisadores.

Recentemente, a ciência também passou a se concentrar em outro meio de vencer esse obstáculo na área de transplantes: a utilização de órgãos de porco, geneticamente modificados para não serem rejeitados pelo organismo humano. No começo do ano, foi feito o primeiro transplante de coração de porco em um humano da história da medicina.

Fonte: Science Translational Medicine