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Próxima fase da vacinação: fórmulas adaptadas contra novas variantes

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Fevereiro de 2022 às 16h40

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WildMediaSK/envato
WildMediaSK/envato

Até o momento, as vacinas aplicadas contra a covid-19 foram desenvolvidas a partir do coronavírus SARS-CoV-2 "original", identificado no final de 2019, em Wuhan, na China. Isso significa que as fórmulas não consideram as mutações que apareceram com as novas variantes, como a Ômicron (B.1.1.529). Em breve, isso deve mudar, de acordo com os especialistas.

Por enquanto, as doses de reforço são iguais às doses anteriores da vacina. Sim, algumas exceções ocorrem quando a terceira dose é feita com o imunizante de um fabricante diferente, como nos casos em que uma pessoa toma duas injeções da AstraZeneca e uma da Pfizer. Independente disso, as fórmulas em uso focam, principalmente, na versão original do vírus e ainda fornecem algum grau de proteção contra a doença.

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Desde o surgimento das variantes, discute-se a possibilidade de vacinas adaptadas e alguns testes já foram realizados. Este é o caso da versão específica da AstraZeneca contra a variante Beta (B.1.351), em julho de 2021. Até o momento, novos lotes de vacinas — com formulações adaptadas — ainda não chegaram ao mercado.

Vacinação adaptada

De acordo com os especialistas, o aumento da imunidade ocorrerá, principalmente, com vacinas reformuladas nesse ponto da pandemia. "Em um evento internacional, observamos os dados de quarta dose [da vacina da covid-19] em Israel. E parece não ter tanta vantagem ficar dando doses de reforço [com a mesma formulação de vacina], ainda mais com a circulação da cepa Ômicron", explicou Gustavo Mendes, gerente de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para o jornal O Globo.

"Então, se fala cada vez mais na atualização das vacinas, na mesma perspectiva do que ocorre com a vacina da influenza", completou Torres sobre a importância da adaptação das vacinas já existentes contra as novas variantes.

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Movimento das farmacêuticas

No final de janeiro, a Pfizer e a BioNTech iniciaram os estudos clínicos para avaliar a segurança e a eficácia da fórmula desenvolvida especialmente contra a variante Ômicron. "Agora, estamos trabalhando em uma nova versão de nossa vacina que também abrangerá a [variante] Ômicron. E, claro, estamos aguardando os resultados finais. A vacina estará pronta em março e conseguiremos produzi-la massivamente", afirmou o CEO da Pfizer, Albert Bourla, para o Yahoo Finance.

Responsável por uma outra vacina de mRNA (RNA mensageiro), a Moderna também começou os estudos para o desenvolvimento de uma vacina específica contra a Ômicron. Ainda não existem prazos para a divulgação dos resultados.

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Durante o CoronaVac Symposium, em dezembro de 2021, a vice-presidente e líder de pesquisa e desenvolvimento da Sinovac, Yallling Hu, anunciou que uma nova versão da CoronaVac contra a Ômicron poderia ser lançada em março.

No futuro, as fórmulas contra a covid-19 podem se tornar multivalentes, ou seja, protegerem contra diferentes tipos de variantes do coronavírus. Para isso, será necessário estabelecer as principais Variantes de Preocupação (VOC) da temporada. Esse é o esquema adotado pelas vacinas da gripe e liderado, todos os anos, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quarta dose

No Brasil, o Ministério da Saúde já se discute a quarta dose da vacina contra a covid-19 para quem tem mais de 65 anos e para os profissionais da saúde. Por enquanto, apenas os pacientes imunossuprimidos podem receber esta dose extra. No entanto, as vacinas adaptadas ainda devem demorar para chegar ao país.

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"Infelizmente, não vai dar tempo de esperar a vacina adaptada para avançarmos nessa discussão. Neste momento, por exemplo, já estamos em observação da taxa de internações e mortes [dos idosos]. Se já houvesse essa dose, para o mês que vem, seria interessante aguardar", explicou Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Fonte: O Globo, Yahoo CNBC