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Protótipo de ventilador pulmonar do BR recebe investimentos

Por| 25 de Junho de 2020 às 21h30

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O Brasil já ultrapassou a marca de um milhão de casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Desse total, mais de 450 mil pacientes ainda não se recuperaram da COVID-19. Muitas dessas pessoas, cerca de 10% desses pacientes terão sintomas graves da doença e precisão de ventiladores pulmonares. Com esse desafio em mente, o Instituto Federal do Paraná (IFPR) desenvolveu um protótipo do equipamento, acessível e de fácil uso.

O protótipo é uma invenção de uma dupla de professores da instituição: Carlos Eduardo Araújo, PhD professor em eletrônica pelo IFPR; e Rogerio Gomes, professor de mecânica no IFPR. Além de ser um dos equipamentos com menor disponibilidade durante essa crise de saúde, o projeto foi um dos três vencedores do Code Life Ventilator Challenge, desafio internacional que contou com 2.639 participantes, representando 94 países.

O desafio foi uma iniciativa da Fundação do Hospital Geral de Montreal e do Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidade McGill, ambos localizados no Canadá, para projetar um ventilador ou respirador mecânico de baixo custo, simples, fácil de usar e de montar em apenas duas semanas.

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Desenvolvido no campus de Curitiba, o protótipo nacional de ventilador pulmonar IFPR tem potencial para auxiliar pacientes da COVID-19 nas UTIs, tanto na rede pública quanto privada. Isso porque é uma alternativa de custo intermediário a reduzido, com tecnologia sofisticada e moderna engenharia. 

Como funciona?

"No geral, esse protótipo foi concebido a partir de técnicas modernas de engenharia e sofisticados componentes mecânicos e eletrônicos. Mais especificamente esse design simples e eficiente trabalha com uma válvula de fluxo eletromagnético para medir e controlar o fluxo de ar para o paciente. Além disso, o dispositivo integra uma exibição gráfica, permitindo que os usuários verifiquem todos os parâmetros controlados e medidos pelo dispositivo na tela de análise", explica o professor do IFPR Gomes.

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Por enquanto, a tecnologia já foi testada e avaliada por uma junta médica canadense, que apontou para a precisão do equipamento. Agora, o projeto também conta com a parceria da fintech Zetra, que colaborará para a conclusão da versão final. Isso porque o protótipo é formado por um gabinete provisório, mas determinados componentes ainda necessitam de desenvolvimento em impressoras 3D.

"Para que ele seja apresentado para testes de homologação na ANVISA é preciso ter o acabamento adequado que atenda aos parâmetros técnicos mínimos de UTIs. Nesse momento, o apoio da Zetra é fundamental para o  cumprimento dessa etapa de acabamento. Assim, construção de gabinetes e desenvolvimento das peças em impressora 3D aconteceriam nos próximos 15 dias", comenta Gomes.

"Para nós, atuar com responsabilidade social é promover ações que cuidam do bem-estar de toda a sociedade. Por isso, com a pandemia que enfrentamos, achamos o projeto tecnológico muito relevante neste momento. Temos a certeza que ao unir forças vamos vencer esta batalha”, afirma Fábio Augusto, gerente de Comunicação da Zetra.

A seguir, confira explicação, em inglês, sobre o funcionamento do ventilador pulmonar brasileiro:

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